Como saber se um texto é narrado em primeira ou terceira pessoa?

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Para identificar se um texto é narrado em primeira ou terceira pessoa, observe o narrador:

  • Primeira pessoa: O narrador é um personagem da história e usa pronomes como "eu", "nós", contando sua perspectiva.

  • Terceira pessoa: O narrador é um observador externo, usando pronomes como "ele", "ela", "eles", "elas", sem participar da ação.

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Como identificar narração em 1ª ou 3ª pessoa?

Cara, identificar isso é moleza, viu? Na primeira pessoa, o “eu” tá lá, o tempo todo. Tipo, no meu diário de 2017, aquele azul-claro que eu comprei na papelaria perto da praça da Liberdade, em Lisboa, tava tudo em “eu fiz isso”, “eu senti aquilo”… Lembro de um texto sobre a minha viagem a Évora, em Setembro, descrevendo o cheiro das ameixas secas, o calor infernal, a beleza das pedras… tudo na minha perspectiva. Simples assim.

Já na terceira pessoa, o narrador é um observador, sabe? Tipo um documentário. Ele conta a história de outros, sem estar envolvido. Lembrei agora daquela reportagem que vi sobre o incêndio em Pedrógão Grande, em 2017; a dor das pessoas, os relatos dos bombeiros… tudo contado de fora, sem a presença direta do repórter na tragédia.

Narrador dentro da história = primeira pessoa (eu, mim, meu). Narrador fora = terceira pessoa (ele, ela, eles, elas). Fácil, né?

Como identificar em qual pessoa está o texto?

Primeira pessoa: “Eu vi o gato preto.” Simples. Direto. Meu gato, aliás, sumiu semana passada. Preocupação? Nenhuma. Gatos.

  • Pronomes: Eu, meu, mim, nós, nosso, nossos.
  • Foco: Experiência pessoal. Subjetividade pura. A verdade? Relativa.

Segunda pessoa: “Você sabe o caminho?” Instrução. Um comando velado. Às vezes, utilizo essa forma para me sentir no controle. Ilusão, talvez.

  • Pronomes: Você, teu, tua, vosso, vossa.
  • Foco: Interlocutor. Direcionamento. Manipulação sutil.

Terceira pessoa: “Ele comprou um carro novo.” Observação distante. Como uma câmera fria. Registro impessoal. Meu ex-marido, por exemplo, agora tem um BMW. Inveja? Absolutamente não.

  • Pronomes: Ele, ela, eles, elas, seu, sua, seus, suas.
  • Foco: Sujeito externo. Objetividade. Distanciamento. A vida segue.

Identificar é fácil. Entender a intenção por trás, aí já é outra história.

Como descobrir o narrador de um texto?

Identificar o narrador. Simples. Primeira pessoa? Narrador personagem. Fácil. Está lá, contando a própria história. Meu avô, por exemplo, em suas cartas de 1987, sempre usava “eu”.

Terceira pessoa? Mais complexo. Observador? Apenas descreve ações. Como um filme, sem acesso aos pensamentos. Minha irmã, nos diários dela de 2015, apenas relata o que vê.

Onisciente? Aí complica. Sabe tudo. Penetra mentes. Conhece o futuro. Deus, em suma. Raro. Difícil encontrar um exemplo real, tão perfeito. Ficção pura, geralmente.

  • Narrador Personagem (1ª pessoa): Participa da história. Experiência direta.
  • Narrador Observador (3ª pessoa): Relata os fatos. Visão externa. Sem acesso à interioridade dos personagens.
  • Narrador Onisciente (3ª pessoa): Conhece tudo. Acesso ilimitado a todos os pensamentos e ações. Onisciência.

Identificação clara depende da análise da linguagem e do ponto de vista. A perspectiva adotada define. Ponto final.

Como saber em que pessoa o texto está escrito?

Ah, a arte de desvendar a alma de um texto! É como um jogo de detetive literário, onde os pronomes são as pistas. Mas não se engane, a gramática por si só não revela tudo.

  • Primeira Pessoa (Eu, Nós): Imagine um autor confessando segredos no divã. É a voz da experiência, da intimidade. Textos em primeira pessoa geralmente são autobiografias ou narrativas de um ponto de vista específico. É como ouvir um amigo fofocando sobre a vida, mas com pretensões literárias.

  • Segunda Pessoa (Tu, Você, Vocês): Raro e ousado, como um tango inesperado. A segunda pessoa te coloca no centro da ação, te intima a fazer parte da história. É como se o autor apontasse o dedo para você e dissesse: “Ei, a culpa é sua!”.

  • Terceira Pessoa (Ele, Ela, Eles, Elas): A mais discreta, como um observador invisível. Aqui, o narrador relata os fatos de longe, como se estivesse assistindo a um filme. É a voz da objetividade, da imparcialidade… ou pelo menos, da tentativa de ser imparcial.

Lembre-se, as melhores histórias brincam com as regras. Um autor habilidoso pode mudar a pessoa narrativa no meio do texto, confundindo o leitor e criando um efeito dramático. É como um mágico tirando um coelho da cartola… ou seria um chapéu?

Como saber quem está falando em um texto?

Identificar quem fala em um texto é mais fácil do que parece, meu caro Watson! A não ser que estejamos falando de um romance de Dostoievski, onde até o narrador tem múltiplas personalidades e a gente fica perdido no labirinto de pensamentos. Mas vamos ao básico:

Traços e Aspas: A velha guarda, tipo aqueles livros didáticos de português que a gente amava ler na escola, usam travessões (–). É uma solução clássica, elegante até, como um smoking em um casamento. Aspas (” “) também são ótimas, principalmente em situações mais informais, como um bate-papo de WhatsApp, onde a formalidade foge pela janela, junto com a gramática, às vezes.

  • Exemplo com Travessão: —Olá, disse ela. —Bom dia, respondi, meio sem graça.
  • Exemplo com Aspas: “Olá”, disse ela. “Bom dia”, respondi, já prevendo a avalanche de figurinhas de WhatsApp que viria em seguida.

Contexto é Rei: Às vezes, nem travessão nem aspas são necessários. A mágica reside no contexto. Se a frase “Preciso de um café urgentemente!” aparece em um texto, podemos deduzir, por raciocínio lógico e uma pitada de café, que provavelmente foi dito pela pessoa descrevendo a necessidade de cafeína. É como um jogo de detetive, só que com menos violência e mais açúcar no café.

Formatação: Ah, detalhe importante! Algumas plataformas, como o Facebook, têm suas próprias convenções para indicar falas. Esses formatos mudam com mais frequência que meu humor, então é bom ficar de olho! Tenho um amigo que jurou que o Facebook mudou o formato da citação 3 vezes em um mês! Fique ligado.

Observação: Minha experiência pessoal indica que, na prática, a identificação da voz numa conversa informal muitas vezes depende mais de emojis e da análise da sequência da conversa do que da pontuação propriamente dita. As pessoas escrevem como falam, com todas as imperfeições e idiossincrasias que isso envolve. É como o improviso em um show de stand-up, uma bagunça organizada.

Como é possível identificar a fala dos personagens do texto?

Identificar a fala dos personagens? Ora, ora, tarefa mais fácil que encontrar um fio de cabelo branco na cabeça de um adolescente! Mas vamos lá, afinal, até a minha avó, que lê mais rótulos de iogurte do que livros, consegue.

O travessão é o nosso herói anônimo. Ele se joga na frente das falas, tipo um guarda-costas literário, sem pedir muito em troca. Só quer garantir que a gente saiba quem está falando. Imagina um romance sem ele? Seria um caos, um balcão de caixa sem etiquetas. Uma bagunça!

As aspas? Ah, as aspas são o coadjuvante chique. Um pouco mais formais, elas dão um ar sofisticado, como um chapéu de feltro num dia chuvoso. São ótimas para citações, diálogos longos, enfim, para quando a conversa fica mais elaborada. Sabe, como um jantar à luz de velas em vez de um lanche rápido.

  • Traços de destaque: Às vezes, outros sinais gráficos dão um toque especial, como a mudança de parágrafo e fontes com estilos diferentes. Mas isso já é o “plus” da produção literária, um detalhe a mais.

Pensando bem, é como distinguir um tenor de um barítono numa ópera: um usa o travessão, outro as aspas, mas ambos cantam a mesma canção – a narrativa. E, no final, quem escuta é o leitor, o maestro silencioso de toda a história. Ah, e falando em ópera… meu sobrinho, de 5 anos, adora! Já está até cantando árias no chuveiro. Quem sabe, não temos um futuro Pavarotti na família?

Como identificar personagens do texto?

Como identificar personagens? Aff, que pergunta difícil! Preciso pensar…

Ações, né? Isso é óbvio, mas como descrever? Tipo, a Maria, personagem do meu conto, ela sempre deixa a louça suja na pia. Detalhe minúsculo, sei, mas mostra preguiça? Desorganização? Ou só cansaço? Preciso pensar melhor nisso… Será que ela tem outros problemas? Tipo, depressão? Ah, e o João, o personagem principal do meu TCC, era um cara frio, sempre observando tudo. Sua principal ação era ANOTAR tudo num caderno preto. Que estranho! Será que era um detetive? Isso ia ser legal.

A descrição do narrador, claro! Mas isso depende do tipo de narrador. Onisciente? Que sabe tudo, mas pode ser tendencioso. De repente, ele fala que a personagem é “uma flor delicada”, mas depois ela dá um soco em alguém. Contradição. O que isso significa? Ou será que ele só está criando uma imagem errada dela? Preciso analisar o tom narrativo. E as palavras usadas pelo narrador, tipo adjetivos. Esqueci de pensar nisso na minha última revisão.

As palavras da personagem? Acho que sim. Aquele meu personagem de cabelo rosa, no meu conto de ficção científica, falava muito em “código” e “sistemas”. Só por isso, deu para entender a personalidade dele – alguém analítico, programador. Ou hacker? Que legal! Mas tem que prestar atenção no vocabulário, na forma como se expressa, no tom da fala.

Meu método: Na verdade, misturo tudo! Descrição física, ações, fala. E preciso considerar o contexto da história, para entender o motivo das ações. Preciso anotar isso! 2023-10-27 – Método de análise de personagens.

Preciso parar de pensar tanto e começar a escrever de verdade! Meu prazo está acabando! Ah, esqueci que hoje ainda preciso fazer compras. Vou adicionar isso na minha lista:

  • Comprar leite
  • Comprar ovos
  • Finalizar análise de personagens do meu conto

Amanhã eu volto a pensar nisso. Hoje minha cabeça já está fervendo!

O que são personagens do texto?

A tarde caía, um amarelo sujo manchando o céu de São Paulo, igual aos tons desbotados da minha memória. Lembro do cheiro de papel velho, daquele livro rabiscado, a capa quase se desfazendo sob meus dedos. Personagens… a palavra ecoa, baixa e rouca, como um sussurro. Personagens são ecos. Ecos de vozes que não ouvi, de vidas que não vivi, mas que de alguma forma habitam a minha alma.

Era o “Dom Casmurro”, se não me engano. Bentinho, Capitu… seus nomes, como brasas apagadas, ainda queimam levemente. São construções, sim, palavras dispostas em páginas, mas construções que ganham vida, que respiram, que sangram. Não eram apenas tinta e papel; eram olhares, gestos, silêncios pesados carregados de significados. Até hoje, sinto o peso da dúvida, a angústia, a incerteza que se espreme entre as linhas daquele livro.

Cada personagem, um universo. Cada traço, uma pincelada na tela da minha imaginação. Suas características, minuciosamente tecidas pelo autor, formam um mosaico – às vezes coerente, às vezes fragmentado. Uma fragmentação que me deixa inquieta e me faz pensar. Que me fascina. Os personagens são pontes, ligações entre mundos diversos. Uma narrativa é feita de um conjunto delas.

  • Características físicas: a descrição de um nariz adunco, um olhar penetrante… detalhes que nos aproximam da ficção, nos dando a ilusão de realidade.
  • Características psicológicas: medos, desejos, ambições… uma complexidade que nos faz questionar a própria humanidade.
  • Ações e diálogos: as escolhas que os personagens fazem, as palavras que pronunciam, revelando o seu interior.
  • Relação com outros personagens: a dinâmica entre eles, os laços que os unem ou os separam, definindo o palco onde a trama se desenrola.

Lembro-me de uma tarde chuvoso em minha casa de campo, lendo sobre eles. A chuva batendo na janela, um ritmo lento e constante, como o da vida. A vida dos personagens, a minha própria vida, a vida que se desfaz e se recompõe. Um turbilhão. A vida, uma história em construção. Um livro que escrevemos a cada segundo, a cada escolha, com personagens vivos e respirando, como a gente.

Personagens, no fim das contas, são reflexos, reflexos de nós mesmos, distorcidos, amplificados, projectados num palco imaginário. Reflexões nas águas paradas do tempo.

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