Quais são os fatores que permitem a variação linguística?

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A variação linguística surge da combinação de fatores geográficos (diatópicos) e sociais (diastráticos). A localização do falante influencia na pronúncia, vocabulário e gramática, enquanto aspectos sociais como classe, idade, gênero e nível de escolaridade também moldam a forma como a língua é usada. A interação desses fatores cria a diversidade de variedades linguísticas.

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Nossa, falar sobre variação linguística… me deixa pensando, sabe? A gente acha que a língua é uma coisa só, né? Tipo, português é português. Mas será que é mesmo? Acho que não! É que a língua, ela… ela respira! Ela vive! E muda de acordo com a gente, com onde a gente tá e com quem a gente fala.

Lembro de quando eu era criança, lá em Minas Gerais. A gente falava um português, assim, meio arrastado, com uns “r”s que a gente quase engolia. As palavras, algumas eram diferentes do que escutava na televisão, sabe? Tipo, a gente chamava “quentão” aquilo que em São Paulo chamavam de “vinho quente”. Coisas simples, mas que já mostram como a região influencia na forma de falar, né? Isso é o que chamam de variação diatópica, ou seja, variação geográfica.

E tem a variação diastrática, que é a variação social. Aí já complica mais um pouco. Porque entra a classe social, a idade, se é homem ou mulher, o nível de estudo… Minha avó, por exemplo, falava um português completamente diferente do meu. Ela usava expressões antigas, muitas vezes eu nem entendia o que ela queria dizer! Mas era lindo, cheio de poesia, um jeito de falar tão dela… e tão diferente do meu, apesar de sermos da mesma família, do mesmo lugar. A idade, sozinha, já gera uma baita diferença, né? E a escolaridade? Ah, isso então nem se fala! Um professor de português, por exemplo, vai falar de um jeito, um cara que trabalha na construção, de outro. Normal.

E tem mais, a gente muda a forma de falar dependendo de quem está ouvindo. Com os amigos, falo um jeito, com a minha chefe, outro completamente diferente. Até a gramática sofre alterações, né? Com os amigos, a gente usa gírias, abreviações, uma linguagem bem informal. Já no trabalho… a gente se cuida mais, né? Tenta falar direitinho, sem erros. Isso é louco, não é? A gente adapta a língua a cada situação, a cada pessoa, a cada contexto.

Então, não existe um português “certo” ou “errado”, né? Existe o português, com suas infinitas variações. Isso é fascinante! Quantos milhões de pessoas, quantas milhões de variações… É isso que torna a língua tão rica, tão viva. Ainda bem, né? Se fosse só um jeito de falar, ia ser bem sem graça.