Quais são os verbos regidos pela preposição a?

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Verbos que indicam direção ou movimento, como ir, chegar e voltar, exigem a preposição a. Observe: Vou a Roma, Cheguei a São Paulo, Voltarei a casa. Essa regência verbal denota a ideia de deslocamento para um determinado lugar. A preposição a é essencial para a correta construção da frase.

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Navegando nas Águas da Regência Verbal: Uma Imersão Profunda nos Verbos que Exigem a Preposição “A”

A língua portuguesa, em sua beleza e complexidade, nos apresenta constantes desafios. Um deles, crucial para a correta expressão e compreensão, é a regência verbal. Dominar a regência significa entender a relação que um verbo estabelece com seus complementos, e, consequentemente, a preposição que ele exige (ou não). Neste artigo, vamos mergulhar no universo dos verbos que clamam pela preposição “a”, explorando nuances além do simples movimento.

Desvendando a Regência com “A”: Além do Deslocamento

É verdade que verbos como “ir”, “chegar” e “voltar” frequentemente pedem a preposição “a” para indicar destino, como nos exemplos clássicos: “Vou a Roma”, “Cheguei a São Paulo”, “Voltarei a casa”. Essa aplicação é fundamental e ilustra bem a ideia de direcionamento. No entanto, restringir o uso da preposição “a” apenas a verbos de movimento seria uma simplificação excessiva e, portanto, imprecisa.

Um Leque de Verbos Ávidos pela Preposição “A”: Exemplos e Significados

A regência com “a” se estende a uma variedade de verbos, que carregam consigo diferentes significados e contextos. Para compreendermos melhor, vamos explorar alguns exemplos:

  • Aspirar (no sentido de desejar): Diferente de “aspirar” no sentido de inalar (que não exige preposição), o verbo “aspirar” no sentido de desejar ardentemente exige a preposição “a”. Exemplo: “Aspiro a um futuro melhor.”
  • Assistir (no sentido de ver, presenciar): Quando significa “ver”, “presenciar”, “assistir” pede a preposição “a”. Exemplo: “Assisti a um filme emocionante.” Atenção, pois “assistir” no sentido de ajudar exige a preposição “a” (Assistir ao paciente), mas também pode ser transitivo direto (Assistir o paciente).
  • Visar (no sentido de almejar, ter como objetivo): “Visar” no sentido de “ter como objetivo” pede a preposição “a”. Exemplo: “Visamos a um alto padrão de qualidade.”
  • Responder (a alguém, a algo): O verbo “responder” exige a preposição “a” quando se refere a quem ou ao que se responde. Exemplo: “Respondi à pergunta do professor.”
  • Referir-se (a): Este verbo pronominal (que exige um pronome oblíquo) sempre pede a preposição “a”. Exemplo: “Refiro-me àquela situação.”
  • Agradar (a): No sentido de causar agrado, o verbo “agradar” exige a preposição “a”. Exemplo: “Agradou ao público com sua apresentação.”

A Pegadinha da Crase:

É crucial lembrar que, em muitos desses casos, a preposição “a” se funde com o artigo definido feminino “a”, resultando na crase (à). Por exemplo: “Refiro-me àquela situação” (preposição “a” + artigo definido “a” = à). Dominar a crase é, portanto, essencial para aplicar corretamente a regência com a preposição “a”.

Por que a Regência é Tão Importante?

A regência verbal não é apenas uma questão de gramática. Ela afeta diretamente a clareza e a precisão da comunicação. Usar a preposição correta garante que sua mensagem seja compreendida da maneira que você deseja. Além disso, o domínio da regência é um sinal de domínio da língua, elevando a qualidade da sua escrita e da sua fala.

Conclusão: Uma Jornada Contínua de Aprendizagem

A regência verbal, com suas sutilezas e exceções, é um campo vasto e em constante evolução. A preposição “a”, embora aparentemente simples, desempenha um papel crucial na construção de frases claras e corretas. Dominar os verbos que a exigem é um passo fundamental para uma comunicação eficaz e elegante. Lembre-se: a prática constante, a consulta a gramáticas confiáveis e a leitura atenta são seus melhores aliados nessa jornada de aprimoramento linguístico. Mergulhe no universo da regência e desfrute da riqueza e da precisão que a língua portuguesa oferece!

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