Quais são os verbos que regem a preposição a?

Nossa Senhora, regência verbal! Quem diria que um “a” podia dar tanta dor de cabeça? Mas, pensando bem, não é que faz todo o sentido?

Lembro-me da minha professora do primário a martelar: “Quem vai, vai a algum lugar! Não se esqueçam!”. E pronto, ficou gravado a ferro. Acho que foi aí que comecei a perceber que a gramática, no fundo, não é só um conjunto de regras chatas, mas sim um mapa para nos fazermos entender melhor.

E é verdade, verbos como chegar, ir, voltar… Parece que imploram por um “a”, não é? Chegar a, ir a, voltar a… Imagine só dizer “Eu cheguei em casa”. Credo, soa tão estranho! Parece que estamos a invadir a casa, em vez de simplesmente chegar lá. (Será que exagerei um bocadinho?)

Para mim, o mais engraçado é perceber como às vezes usamos estas preposições sem sequer pensar. Tipo, quando dizemos “Eu aspiro a uma vida melhor”. Nem paramos para analisar o “a”, mas ele está lá, a dar sentido à frase. E se tirássemos? “Eu aspiro uma vida melhor”. Hum, muda tudo, não muda? Parece que estamos a aspirar o pó de uma vida. Brrrr!

Enfim, divago. Mas o que eu queria mesmo dizer é que, para mim, esta regra do “a” com os verbos de movimento e outros tantos é daquelas que faz toda a diferença. Facilita a escrita, ajuda a falar melhor… E, no fundo, não é isso que todos queremos? Fazer-nos entender e, quem sabe, até impressionar um bocadinho? 😉

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