Quais são os momentos foco narrativo?

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O foco narrativo define a perspectiva da narrativa. Em primeira pessoa, o narrador é personagem e conta a história eu. Em terceira pessoa, o narrador é externo aos eventos, observando e relatando as ações dos personagens. Importante: foco narrativo difere do narrador; este último é quem conta, enquanto o foco é de onde a história é contada.

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Então, qual a melhor maneira de contar uma história? Sabe, às vezes penso nisso, tipo, a quem a gente quer dar a palavra? A gente mesmo, ou um observador de fora? É quase como escolher entre dois mundos, né?

Tem o foco narrativo em primeira pessoa. Aquele “eu” que te agarra pela mão e te leva junto na viagem. É como se você estivesse ali, colado na minha pele, sentindo tudo o que eu senti. Lembro-me de escrever aquele conto sobre o meu avô, sabe? Aquele que ele me ensinou a pescar? Na primeira pessoa, cada cheiro de peixe fresco, cada puxão na linha, era vivido intensamente. Era eu, ali, no rio.

Depois, existe a terceira pessoa. Uma visão de fora, mais ampla. Como se um drone estivesse filmando tudo, sabe? Mais objetivo, talvez, mas talvez… menos emotivo? Eu mesma, tentei contar a história da minha amiga Ana e o seu primeiro amor, dessa forma. Fui narrando os eventos, mas sentia que faltava… alma. Que faltava a pulsação frenética do coração dela, o tremor nas mãos. Apesar de ter dado certo, confesso, na terceira pessoa a gente perde um bocado daquela intimidade, não é?

Acho que o pulo do gato, e isso é meio que a parte mais importante, é perceber que narrador e foco narrativo não são a mesma coisa. O narrador conta a história, certo? Mas o foco… ah, o foco é de onde a história sai. É como se o narrador fosse o câmera, e o foco, a lente que ele escolhe usar. Faz toda a diferença, acredite. Até parece coisa de louco, mas pensem nisso… quantas vezes a gente conta uma história e a história muda de acordo com quem está a ouvir? É um pouco disso, sabe?

Sei lá, é complicado. Mas vale a pena pensar bem nisso antes de começar a escrever, né? Senão, a gente pode acabar com uma história linda, mas meio… sem vida. Como um quadro sem cor.