Como saber se tenho dislalia?

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Trocas, omissões ou distorções na pronúncia dos sons (fonemas) caracterizam a dislalia. A fala geralmente é fluente, mas a compreensão pode ser afetada, variando de dificuldades leves a uma fala ininteligível. O desenvolvimento da linguagem pode ser normal ou apresentar atrasos sutis.

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Como Saber se Tenho Dislalia: Um Guia para Pais e Adultos

A dislalia, popularmente conhecida como “troca de letras”, é um distúrbio de fala que afeta a pronúncia correta dos fonemas (sons da fala). Ao contrário da gagueira, a fluência da fala geralmente não é comprometida, mas a clareza e a inteligibilidade podem ser significativamente afetadas, variando de dificuldades mínimas a uma fala praticamente incompreensível. A detecção precoce é crucial para o sucesso do tratamento, e muitas vezes a preocupação surge entre pais e familiares. Mas como identificar se alguém, criança ou adulto, apresenta dislalia?

Este artigo visa auxiliar na identificação de possíveis sinais, lembrando que um diagnóstico preciso somente pode ser feito por um profissional especializado, como fonoaudiólogo. Não se autodiagnostique.

Sinais que podem indicar dislalia:

A dislalia se manifesta de diversas formas, sendo as mais comuns:

  • Substituições: Troca de um fonema por outro. Exemplos: dizer “pato” em vez de “fato”, “cama” em vez de “cama” (troca do “r” pelo “l”), ou “chuva” em vez de “chuva” (troca do “x” pelo “ch”). Observe se essas trocas são frequentes e persistentes, mesmo após correções.

  • Omissões: Eliminação de fonemas na palavra. Exemplos: dizer “cada” em vez de “cadeira”, “sol” em vez de “esquilo”. A palavra fica incompleta e simplificada.

  • Distorções: Alteração na articulação do fonema, resultando em um som diferente do esperado. Um exemplo comum é a pronúncia distorcida do som “s”, que pode soar como “x” ou “ch”. Outro exemplo é a pronúncia do “r”, que pode ser vibrante, uvular ou glotal.

Além dos sintomas fonéticos, considere também:

  • Idade da criança: Algumas trocas fonéticas são consideradas normais em crianças pequenas, até certa idade. A persistência dessas trocas após a idade esperada para a aquisição da fala é um sinal de alerta. Um fonoaudiólogo saberá avaliar se a pronúncia está dentro da faixa etária esperada.

  • Contexto social: A dificuldade em ser compreendido pode gerar frustração e isolamento social na criança ou adulto.

  • Desenvolvimento da linguagem: Embora a dislalia não esteja diretamente ligada a atrasos na linguagem, é importante observar se há dificuldades em outras áreas da linguagem, como compreensão, vocabulário e gramática.

Quando procurar ajuda profissional:

Se você observar qualquer um dos sinais mencionados acima, especialmente se persistirem após os 4 anos de idade (para crianças), é fundamental procurar um fonoaudiólogo. O profissional realizará uma avaliação completa, identificando o tipo e a gravidade da dislalia, e elaborará um plano de tratamento personalizado. O tratamento geralmente envolve exercícios e técnicas específicas para melhorar a articulação e a pronúncia.

Em resumo: este artigo oferece informações gerais sobre a dislalia. Ele não substitui a consulta com um fonoaudiólogo, que é o profissional qualificado para diagnosticar e tratar este distúrbio. A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir o desenvolvimento adequado da fala e a inclusão social da criança ou do adulto afetado.