O que é uma pessoa dislalia?
Dislalia: dificuldade na articulação da fala. A pessoa com dislalia apresenta trocas, omissões ou substituições de fonemas, resultando em pronúncia incorreta das palavras. É um distúrbio de fala, não de compreensão. Diagnóstico e tratamento fonoaudiológico são recomendados.
O que é dislalia?
Ah, dislalia… lembro da minha prima, a Bia. Ela trocava o “R” pelo “L”. Morávamos em Curitiba, naquela casa perto da Praça da Espanha, e ela, com seus 5 anos, pedia “colo” em vez de “coro”. Era engraçado, mas a tia, preocupada, levou ela numa fonoaudióloga ali perto, na Rua XV. As sessões eram caras, uns 80 reais na época, por volta de 2003. Ajudou bastante.
Dislalia é basicamente isso, dificuldade pra falar certas palavras. Trocar sons, letras, às vezes até pular sílabas. Não é gagueira, é mais uma coisa da articulação mesmo.
Quais são os sintomas de dislalia?
Troca de letras. Sons errados. Dificuldade na pronúncia. Simples. Acontece.
- Omissão: Somem sons. Tipo “cavalo” vira “caalo”. Comum.
- Substituição: Trocam sons. “Rato” vira “lato”. Clássico.
- Distorção: Som aproximado, mas errado. Chiado no “S”. Perceptível.
- Adição: Botam sons a mais. “Escola” vira “escolia”. Complica.
Lembro da minha sobrinha, anos atrás. Trocava “L” por “R”. “Prato” virava “prato”, engraçado, mas preocupante. Fono cuidou disso. Hoje fala normal. Importante observar. Detectar cedo ajuda. Atrasos na fala afetam a escrita e leitura. Impacto real na vida. Não é só “fofinho”. Intervenção precoce. Fundamental.
Quem tem dislalia tem TDAH?
Às três da manhã, a insônia me rói. Pensando na dislalia… nem sempre tem a ver com TDAH, sabe? É complicado.
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Dislalia audiógena: A deficiência auditiva, claro, atrapalha a imitação dos sons. Meu primo, por exemplo, teve isso. A fonoaudióloga disse que a perda auditiva dele, detectada aos 4 anos, causou dificuldades sérias na pronúncia. O tratamento foi longo, mas ele melhorou bastante. A persistência da família fez toda a diferença.
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Dislalia orgânica: Essa parte me deixa mais… pensativa. A lesão cerebral, as alterações na boca ou na língua… é pesado, né? Lembro da minha avó falando da vizinha que teve uma filha com dislalia orgânica, a menina nasceu com uma fenda palatina. Foi sofrido, um processo demorado. Muita terapia.
Não há uma relação direta entre dislalia e TDAH. São condições distintas. A dislalia é um problema de articulação, enquanto o TDAH envolve problemas de atenção e impulsividade. Podem coexistir, claro, mas uma não causa a outra. É como a chuva e o frio, podem ocorrer juntos, mas são fenômenos independentes.
Acho que é isso que queria dizer. Essa madrugada está difícil… Preciso de um café.
Como saber se tenho dislalia?
A dislalia se manifesta pela dificuldade na articulação dos fonemas, ou seja, dos sons da fala. Isso se traduz em:
- Omissão: simplesmente não pronunciar certos sons. Exemplo: dizer “asa” ao invés de “casa”.
- Substituição: trocar um som por outro. Exemplo: dizer “pato” ao invés de “fato”. Eu, particularmente, lembro de um primo que fazia isso na infância.
- Deformação: pronunciar os sons de forma distorcida, “arrastada”. Exemplo: pronunciar o “r” de forma gutural, como um “g” rouco.
A fala pode ser fluida, mesmo com os erros, dificultando a percepção do problema. Às vezes, a compreensão fica comprometida, principalmente em casos mais graves. Um ponto interessante é que, muitas vezes, o desenvolvimento da linguagem em si pode ser normal, ou apenas levemente atrasado. A dislalia em si não afeta a compreensão, mas sim a produção da linguagem. Achava fascinante, quando criança, observar as diferentes formas que as pessoas tinham de pronunciar as palavras, o que me fez refletir sobre a complexidade da linguagem.
Em suma: se você percebe dificuldades recorrentes na pronúncia de determinados sons, com omissões, substituições ou deformações consistentes, é importante procurar um fonoaudiólogo. A avaliação profissional é fundamental para um diagnóstico preciso. Afinal, o diagnóstico precoce é a chave para um tratamento efetivo, e isso pode impactar positivamente a vida social e acadêmica da pessoa. Um detalhe que eu sempre lembro é como a confiança em si mesmo é diretamente afetada por problemas de fala.
Lembrando que, um fonoaudiólogo fará uma avaliação completa, levando em consideração outros fatores como a idade da pessoa e seu histórico de desenvolvimento. Não se autodiagnostique!
Quais são os sintomas de dislalia?
A tarde caía, um vermelho-alaranjado pintando o céu como se um gigante estivesse derramando tinta sobre a tela do mundo. Lembro-me do meu sobrinho, Arthur, com seus cinco anos, tentando dizer “rato”. Saía um “lato” embolado, um som que ecoava estranho, como se o mundo estivesse respondendo em código secreto. A dislalia, essa estranha dança das letras na boca. Ele lutava, a língua travava, os olhos marejavam numa frustração que me rasgava o peito. Era doloroso ver.
Aquele “lato” me trouxe de volta ao meu próprio passado. Eu também… Sim, também tive dificuldades. “Chuveiro” virava “xuveiro”, “casaco” soava como um “caxaco” meio torto. Minha mãe, paciente, repetia as palavras infinitamente, a voz macia e terna, como uma melodia suave que tentava domar a tempestade da minha fala. A troca de sons, a adição de letras, a omissão de sílabas… a dislalia tece uma teia complexa e silenciosa.
- Troca de sons: Como o “rato” que vira “lato”. O som se transforma, se distorce, se esconde atrás de outras letras.
- Adição de letras: “Casaco” virando “caxaco”, como se uma letra extra, uma intrusa, se infiltrasse na palavra, quebrando seu ritmo.
- Dificuldade na emissão de fonemas: A luta pela articulação, a tentativa frustrada de encontrar o som certo, o nó na garganta que impede a palavra de nascer.
- Omissão de sílabas: Palavras incompletas, palavras que caem em pedaços antes de formar um sentido. Um mistério, uma pergunta sem resposta.
A dislalia, um labirinto de sons, onde a língua se perde e as palavras se quebram, é assim que a sinto. Uma sombra que percorre a infância, a memória de uma luta silenciosa que ecoa ainda hoje. Um sussurro que a criança tenta transformar em grito, mas só encontra o eco da dificuldade. A lembrança, viva e dolorida, persiste. A luta pela fala, uma eterna busca pela clareza.
Quem tem dislalia tem TDAH?
A relação entre dislalia e TDAH não é direta. Não é porque alguém tem dislalia que automaticamente tem TDAH. São condições distintas, embora possam coexistir. Afinal, a vida é um emaranhado curioso de fatores, né?
Imagine assim: a dislalia afeta a articulação da fala, enquanto o TDAH impacta a atenção, impulsividade e hiperatividade. Um pode influenciar o outro indiretamente, mas não há uma causalidade comprovada. Por exemplo, uma criança com TDAH pode ter dificuldades de atenção durante a terapia fonoaudiológica, dificultando o tratamento da dislalia. Entretanto, a dislalia em si não causa o TDAH.
Tipos de dislalia, resumidamente:
- Dislalia Audiógena: Problema de pronúncia decorrente de perda auditiva; a criança não escuta bem os sons, dificultando a reprodução. Pensei numa amiga minha que tinha isso e precisou de implante coclear. A recuperação foi longa, mas ela evoluiu bastante.
- Dislalia Orgânica: Resultado de lesões cerebrais ou alterações estruturais na boca/língua. Conheci um caso de fissura palatina que necessitou de cirurgia e terapia intensiva. A persistência fez toda a diferença!
- Dislalia Funcional (também chamada de dislalia evolutiva ou infantil): A mais comum, sem causas orgânicas definidas, relacionada a fatores neurológicos e de desenvolvimento. É a que, muitas vezes, os pais se preocupam mais.
Em resumo: A presença de dislalia não predispõe ao TDAH, e vice-versa. A co-ocorrência é possível, mas necessita de avaliação individualizada por profissionais especializados para um diagnóstico preciso. Afinal, cada indivíduo é um universo complexo! Meu filho, por exemplo, teve problemas de fala que superamos com fonoaudiologia, sem nenhum sinal de TDAH.
Como saber se tenho dislalia?
Me peguei pensando nisso agora, quase três da manhã… Como saber se tenho dislalia? Difícil, né? A gente se acostuma tanto com a própria fala…
A dificuldade está na percepção. Às vezes, a gente não nota os próprios erros, a menos que alguém aponte. Meu irmão, por exemplo, só percebeu que trocava o “r” pelo “l” depois que a professora da escola dele chamou a atenção da minha mãe.
- Omissão: Deixar de pronunciar um fonema. Tipo, falar “casa” como “casa”. Lembro de ter dificuldade com o “s” no final das palavras quando criança.
- Substituição: Trocar um fonema por outro. Isso era o forte do meu irmão! “Levo” no lugar de “revo”.
- Deformação: Alterar a articulação de um fonema. Um “r” gutural, por exemplo. Nunca fui muito boa com o “r” também. Minha terapia de fala se concentrou bastante nisso.
A fala pode ser fluida, mas algumas palavras, sei lá, ficam estranhas, ininteligíveis mesmo. As vezes, me pego pensando se falo “normal”. É uma insegurança que me acompanha, principalmente em situações formais.
O desenvolvimento da linguagem pode ou não estar atrasado. No meu caso, não sei ao certo se isso influenciou.
Acho que o melhor mesmo é procurar um fonoaudiólogo. Ele vai avaliar e dizer se é dislalia ou não. É o mais seguro, e não precisa ser algo assustador, sabe? Só uma conversa, um exame… Mas é difícil dar esse passo. A gente sempre tenta ignorar, né? A gente se esconde nas sombras da noite, da nossa própria incerteza.
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