Qual o grau de autismo quando a criança não fala?

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Crianças com autismo de grau 2 (moderado) geralmente demonstram dificuldades na comunicação e interação social desde a infância. Podem apresentar atraso na fala ou se comunicar de forma confusa. Com intervenções adequadas, podem alcançar bom desenvolvimento e certa independência na vida adulta.

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O silêncio que fala: Desvendando o autismo em crianças que não falam

A ausência da fala em uma criança pode gerar diversas preocupações nos pais. Em alguns casos, essa dificuldade pode estar relacionada ao autismo, um espectro de desenvolvimento que impacta a comunicação, interação social e comportamento. Mas afinal, qual o grau de autismo quando a criança não fala?

É importante lembrar que o autismo não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Existem diferentes níveis de severidade, cada um com suas características específicas. O diagnóstico do autismo, inclusive, não se baseia apenas na fala, mas em um conjunto de sinais e sintomas.

A fala como um dos indicadores:

A ausência da fala, ou a fala tardia e limitada, pode ser um indicador de autismo, principalmente em conjunto com outros sintomas, como:

  • Dificuldades na interação social: a criança pode ter problemas para fazer contato visual, entender as emoções dos outros ou participar de brincadeiras sociais.
  • Comportamentos repetitivos: a criança pode apresentar movimentos repetitivos, como balançar as mãos ou girar objetos, ou fixar o olhar em algo específico por longos períodos.
  • Sensibilidade sensorial: a criança pode ser sensível a certos sons, texturas ou cheiros, reagindo de forma intensa a eles.
  • Interesses restritos e intensos: a criança pode se fixar em um assunto ou objeto específico, ignorando outros estímulos ao redor.

Graus de autismo e a fala:

Atualmente, o autismo é classificado em três níveis de severidade, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5):

  • Nível 1 (leve): As crianças com autismo nível 1 podem ter dificuldade na comunicação social, mas conseguem se comunicar verbalmente. Elas podem apresentar comportamentos repetitivos, mas são capazes de se adaptar a situações sociais novas.
  • Nível 2 (moderado): Crianças com autismo nível 2 apresentam dificuldades significativas na comunicação e interação social, podendo ter um atraso na fala ou uma fala confusa. Elas podem precisar de auxílio para lidar com situações sociais complexas.
  • Nível 3 (grave): Crianças com autismo nível 3 têm dificuldades severas na comunicação e interação social, e geralmente não falam ou falam muito pouco. Elas precisam de suporte constante para se adaptar a diferentes ambientes e realizar atividades do dia a dia.

É fundamental lembrar que a ausência de fala não define o grau de autismo. Existem crianças com autismo leve que não falam, e crianças com autismo grave que se comunicam verbalmente. O diagnóstico deve ser realizado por um profissional especializado, considerando o conjunto de sintomas da criança.

O que fazer quando a criança não fala?

Se você suspeita que seu filho pode ter autismo, é essencial procurar ajuda profissional. O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar a intervenção adequada e promover o desenvolvimento da criança.

A intervenção precoce inclui:

  • Terapia comportamental: técnicas para auxiliar a criança a desenvolver a comunicação, a interação social e a lidar com comportamentos desafiadores.
  • Terapia da fala: para estimular a linguagem e a comunicação.
  • Educação especializada: em escolas ou instituições que oferecem suporte individualizado para crianças com autismo.
  • Apoio familiar: é essencial que os pais e familiares sejam informados sobre o autismo e recebam apoio psicológico para lidar com os desafios da criança.

O futuro da criança com autismo:

Com intervenção adequada, crianças com autismo, mesmo que não falem, podem alcançar um bom desenvolvimento e certa independência na vida adulta. A capacidade de se comunicar, de se integrar à sociedade e de alcançar suas metas depende do apoio que a criança receber durante sua jornada.

Lembre-se: o autismo é uma condição, não uma sentença. Com a ajuda de profissionais e o apoio da família, as crianças com autismo podem ter uma vida plena e feliz.