Como lidar com pessoas que quer tudo do jeito dela?

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Comunique-se abertamente e defina limites claros. Negocie para encontrar um meio termo, buscando entender a perspectiva do outro. Cuide de si, priorizando seu bem-estar.

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Como lidar com pessoas controladoras e teimosas no trabalho ou família?

Nossa, lidar com gente controladora, e ainda por cima teimosa, é dureza, viu? Seja no trabalho ou em casa, cansa. Tento ser direta, falo o que penso, o que me incomoda, sem partir pra briga, claro. Mas às vezes, parece que falo com a parede.

Teve uma vez, trabalhava num escritório de contabilidade, perto da Praça da Sé, em São Paulo… era 2018, acho. Minha chefe, super controladora, queria que eu refizesse um relatório inteiro porque a fonte não era a que ela gostava. Já estava tudo certo, os dados conferidos. Expliquei, mas ela insistiu. Respirei fundo e reescrevi. A gente acaba cedendo pra evitar mais estresse.

Estabelecer limites é fundamental. Aprendi isso a duras penas. Com meu irmão, por exemplo. Ele sempre foi meio mandão, pedia dinheiro emprestado e nunca pagava. Um dia, cansada, disse que não emprestaria mais. Ele ficou chateado, mas era preciso.

Acho que a empatia ajuda. Tento me colocar no lugar do outro, entender o porquê da teimosia. Às vezes é medo, insegurança. Mas também preciso cuidar de mim. Yoga, caminhada no Ibirapuera aos domingos… me ajudam a manter a sanidade, porque, sinceramente, é desgastante. E negociar também, às vezes funciona um meio termo.

Como chama a pessoa que só quer as coisas do seu jeito?

A teimosia. A inflexibilidade. O desejo cego de controle. Lembro da minha avó, com suas mãos calejadas de anos plantando rosas, insistindo que o chá tinha que ser coado por três minutos exatos. Três minutos. Nem um segundo a mais, nem a menos. O aroma invadia a pequena cozinha, dançava com a poeira suspensa pelos raios de sol da tarde. E eu, criança, observava fascinada aquela rigidez ritualística, sem entender a necessidade absoluta da precisão.

  • Teimoso: Aquele que insiste, persiste, resiste à mudança, à sugestão, à brisa suave de outra perspectiva.
  • Inflexível: A rigidez da alma, a incapacidade de dobrar-se, de se adaptar, de fluir como a água do rio que contorna as pedras.
  • Controlador: A necessidade de dominar, de orquestrar cada detalhe, cada movimento, como um maestro obcecado por uma sinfonia silenciosa.

Minha avó, com seus olhos profundos cor de terra úmida, não admitia contestação. O chá, coado por exatos três minutos, era a sua pequena vitória diária, o seu triunfo sobre o caos do mundo. E eu, aprendendo a navegar entre suas certezas absolutas, entendia, sem compreender, a fragilidade escondida por trás daquela armadura de convicções. Talvez, todos nós tenhamos um pouco dessa necessidade de controle, de impor nossa vontade, de ditar as regras do nosso pequeno universo.

A pessoa que só quer as coisas do seu jeito pode ser chamada de:

  • Narcisista
  • Autoritária
  • Egocêntrica
  • Ditatorial
  • Tirânica

A lembrança do chá da minha avó, o cheiro doce e terroso, a teimosia dos três minutos… Tudo volta como uma onda, lavando a praia da memória, deixando vestígios de um tempo que não volta mais. O tempo. Implacável. Como a insistência da minha avó em seus rituais. Rituais que, agora entendo, eram a sua forma de manter o mundo em ordem, de criar um espaço seguro em meio à imprevisibilidade da vida. Uma vida que, como o chá, deve ser saboreada em cada instante, em cada nuance, em cada gota.

Como lidar com pessoas que querem controlar tudo?

Lidar com pessoas controladoras exige paciência e foco em você.

Sabe, teve uma vez, lá pelos idos de 2018, trabalhando numa agência pequena em São Paulo, tinha um cliente… Nossa Senhora! Ele queria aprovar a cor da grama nas fotos do Instagram! Era um inferno. Eu ficava possessa, né?

  • Expectativas: Entendi que ele era assim, ponto. Não ia mudar. Aceitar isso foi o primeiro passo pra não surtar.

  • Pessoal? Jamais!: A paranoia dele não era comigo, era dele. Tentava me lembrar disso toda vez que ele ligava 10 da noite pra reclamar da fonte do banner.

Hoje, se me perguntam como lidar com gente assim, a resposta é essa: se blinde e entenda que o problema não é você.

Como desarmar uma pessoa controladora?

Desarmar controladores? Tipo bomba-relógio.

  • Diálogo: Fale. Mas espere pouco. Gente assim não ouve. Só espera a vez de mandar.
  • Individualidade: Seja você. Mesmo que doa neles. Afinal, a vida é sua. Ou era pra ser.
  • Comportamento: Não ceda sempre. Desafie. Pouco a pouco. Ver a cara deles não tem preço.
  • Autoestima: Se ame. Eles sugam. Você precisa estar cheio. E forte.
  • Relação: Redefina. Ou termine. Tem gente que não vale o esforço.

E lembre-se: o controle é deles. A escolha de aceitar, sua. Já viu o estrago que um “sim” pode fazer? Eu já. Uma vez, aceitei um café e acordei 10 anos depois. A vida tem dessas ironias.

O que a psicologia fala sobre pessoas controladoras?

A psicologia entende a necessidade de controlar como um mecanismo de defesa contra a ansiedade. Pessoas controladoras, na verdade, lutam contra a insegurança. A sensação de não ter controle gera um desconforto intenso, levando-as a buscar a ilusão de domínio sobre eventos e pessoas. É como um escudo contra o caos percebido do mundo. Já notei isso em meu próprio círculo social, principalmente com meu primo Luís, que precisa controlar tudo em suas viagens. Ele planeja cada detalhe, cada minuto, com uma obsessão que beira a neurose. Afinal, a vida é incerta, né?

Isso não significa que todas as pessoas que gostam de organização são controladoras. A diferença está na intensidade e na imposição dessa necessidade. O controle se torna um problema quando invade a liberdade dos outros e prejudica os relacionamentos. A dificuldade em delegar tarefas, a insistência em fazer tudo do “seu jeito” e a irritabilidade com imprevistos são sinais clássicos. Uma amiga minha, a Ana, por exemplo, quase sempre arruína os planos do grupo, porque precisa impor sua visão de como as coisas devem ser.

  • Baixa tolerância à incerteza: A base da necessidade de controlar reside na dificuldade em lidar com situações imprevisíveis. A ansiedade gerada pela incerteza é tão avassaladora que a pessoa busca o controle como forma de aliviar essa angústia.
  • Necessidade de segurança: A ilusão do controle fornece uma falsa sensação de segurança e previsibilidade. É como se, ao controlar tudo, pudessem evitar potenciais ameaças ou perigos. Minha avó, por exemplo, sempre precisou ter tudo em seu lugar, até os talheres.
  • Baixa autoestima: Em muitos casos, a necessidade de controlar está relacionada a uma baixa autoestima e à necessidade de validação externa. Controlar os outros pode ser uma forma de se sentir mais importante e poderoso.

O tratamento, geralmente envolve terapia, visando a identificação das causas subjacentes dessa necessidade e o desenvolvimento de mecanismos de coping mais saudáveis para lidar com a ansiedade e a incerteza. Afinal, a vida é uma dança com o imprevisível. E, às vezes, precisamos deixar a música nos levar.

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