Como saber se a concordância verbal está correta?

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A concordância verbal correta exige que o verbo concorde em número e pessoa com o sujeito. Em orações com expressões partitivas (a maioria de, parte de, etc.) seguidas de um nome, o verbo pode concordar tanto com o núcleo do partitivo quanto com o nome que o acompanha, permitindo duas concordâncias gramaticalmente aceitáveis.

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Desvendando a Concordância Verbal: Um Guia Prático

A concordância verbal, um aspecto fundamental da gramática, estabelece a harmonia entre o verbo e o sujeito de uma oração. Para que uma frase esteja gramaticalmente correta, o verbo deve concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito. Esta regra, aparentemente simples, pode apresentar nuances e particularidades que exigem atenção.

Regras Básicas:

  • Sujeito Simples: Quando o sujeito é um substantivo ou pronome, o verbo concorda em número com ele. Exemplos:

    • O gato mia. (singular)
    • As flores desabrocharam. (plural)
  • Sujeito Composto: Quando o sujeito é composto, o verbo concorda no plural. Exemplos:

    • A menina e o menino brincam.
    • O livro e a caneta estão na mesa.
  • Sujeito Posposto: Mesmo que o sujeito venha após o verbo, a concordância deve ser feita com ele. Exemplo:

    • Estão na mesa o livro e a caneta.

Casos Especiais: Expressões Partitivas e Outros Desafios

Uma situação que frequentemente gera dúvidas é a presença de expressões partitivas como “a maioria de”, “parte de”, “metade de”, etc., seguidas de um nome. Nesses casos, a concordância pode variar.

  • Concordância com o núcleo do partitivo: O verbo concorda com o substantivo que funciona como núcleo da expressão partitiva. Exemplo:

    • A maioria das pessoas gosta de sorvete. (O núcleo é “maioria”, singular, o verbo concorda no singular)
  • Concordância com o nome que acompanha o partitivo: O verbo também pode concordar com o substantivo que acompanha a expressão partitiva. Exemplo:

    • A maioria das pessoas gostam de sorvete. (O verbo concorda com “pessoas”, plural)

Conclusão:

Em ambos os casos, a concordância é gramaticalmente aceitável. A escolha entre a concordância com o núcleo ou o substantivo subsequente depende do contexto e da intenção do autor. A regra básica é observar o núcleo da expressão partitiva; porém, a concordância com o nome subsequente também é válida.

Dicas para evitar erros:

  • Identifique o sujeito: Antes de flexionar o verbo, identifique claramente qual é o sujeito da oração.
  • Observe a concordância em número e pessoa: Certifique-se de que o verbo está concordando com o sujeito em número e pessoa.
  • Atenção às expressões partitivas: Nas expressões partitivas, tenha cuidado para identificar o núcleo e a possibilidade de duas concordâncias válidas.

A concordância verbal precisa de atenção constante para garantir a clareza e a correção gramatical da escrita. A prática regular, combinada com o entendimento das regras e nuances, é fundamental para dominar essa importante ferramenta da gramática.