O que fazer se estiver a ter um AVC?

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Ao suspeitar de um AVC, cada segundo conta. Busque ajuda médica imediatamente ligando para o serviço de emergência (192 no Brasil). O tratamento pode envolver medicamentos para dissolver o coágulo ou procedimentos para removê-lo, restaurando o fluxo sanguíneo o mais rápido possível. Reconhecer os sintomas e agir prontamente é crucial.

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Tempo é Cérebro: O Que Fazer Diante da Suspeita de um AVC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é uma emergência médica que exige ação rápida e precisa. Cada minuto perdido durante um AVC significa a morte de milhões de células cerebrais, impactando diretamente as chances de recuperação e qualidade de vida do paciente. Por isso, saber identificar os sinais e agir prontamente é fundamental para minimizar os danos e aumentar as chances de um bom prognóstico.

Embora a informação “ao suspeitar de um AVC, cada segundo conta. Busque ajuda médica imediatamente ligando para o serviço de emergência (192 no Brasil)” seja crucial e precisa, este artigo visa expandir o conhecimento sobre o tema, oferecendo um guia mais detalhado sobre o que fazer e o que esperar ao se deparar com uma situação de suspeita de AVC.

Reconhecendo os Sinais: O Teste “SAMU”

A chave para uma resposta rápida é identificar os sinais de alerta de um AVC. Uma ferramenta mnemônica simples e eficaz para lembrar os principais sintomas é o teste “SAMU”:

  • Sorria: Peça à pessoa para sorrir. Observe se um lado do rosto está caído ou paralisado.
  • Abrace: Peça à pessoa para levantar os dois braços. Verifique se um dos braços está fraco ou cai involuntariamente.
  • Musique: Peça à pessoa para dizer uma frase simples. Observe se a fala está arrastada, confusa ou incompreensível.
  • Urgência: Se observar qualquer um desses sinais, ligue imediatamente para o SAMU (192) ou procure o serviço de emergência mais próximo.

Outros sinais de alerta que podem indicar um AVC incluem:

  • Dormência ou fraqueza repentina em um lado do corpo, incluindo rosto, braço ou perna.
  • Dificuldade repentina para falar ou entender a fala.
  • Perda repentina da visão em um ou ambos os olhos.
  • Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação repentinas.
  • Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente.

É importante ressaltar que nem todos os AVCs se manifestam da mesma forma. Alguns podem apresentar apenas alguns sintomas, enquanto outros podem apresentar uma combinação mais complexa. A chave é estar atento a qualquer mudança repentina e inexplicável no estado da pessoa.

Ligando para o SAMU (192): Fornecendo Informações Precisas

Ao ligar para o SAMU, mantenha a calma e seja o mais preciso possível ao fornecer as seguintes informações:

  • O que está acontecendo: Descreva os sintomas que você está observando. Use o teste “SAMU” para ajudar a relatar os sinais de forma clara.
  • Localização exata: Informe o endereço completo do local onde a pessoa está, incluindo rua, número, bairro e pontos de referência, se possível.
  • Identificação da vítima: Informe o nome da pessoa e sua idade aproximada, se souber.
  • Histórico médico: Se souber, informe sobre quaisquer condições médicas preexistentes, como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas ou uso de medicamentos anticoagulantes.
  • Horário do início dos sintomas: Esta informação é crucial, pois determina se a pessoa é elegível para tratamentos específicos, como a trombólise (dissolução do coágulo).

Enquanto Aguarda o Socorro Médico

Enquanto aguarda a chegada do SAMU, siga estas orientações:

  • Mantenha a calma: Tente tranquilizar a pessoa e mantê-la calma.
  • Posicione a pessoa: Coloque a pessoa deitada de lado (posição lateral de segurança) para evitar engasgos em caso de vômito.
  • Não ofereça alimentos ou líquidos: Isso pode aumentar o risco de engasgo e complicações.
  • Monitore os sinais vitais: Observe a respiração, pulso e nível de consciência da pessoa.

No Hospital: Tratamentos e Recuperação

Ao chegar ao hospital, a equipe médica realizará exames para confirmar o diagnóstico de AVC e determinar o tipo (isquêmico ou hemorrágico). O tratamento dependerá do tipo de AVC e do tempo decorrido desde o início dos sintomas.

  • AVC Isquêmico: O tratamento pode incluir a trombólise (uso de medicamentos para dissolver o coágulo) ou a trombectomia (remoção mecânica do coágulo através de um cateter).
  • AVC Hemorrágico: O tratamento visa controlar o sangramento e reduzir a pressão intracraniana.

Após a fase aguda, a reabilitação é fundamental para ajudar o paciente a recuperar as funções perdidas e melhorar sua qualidade de vida. A reabilitação pode incluir fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e outras modalidades.

Prevenção: A Melhor Estratégia

A prevenção é a melhor forma de evitar um AVC. Adotar um estilo de vida saudável, controlando os fatores de risco, pode reduzir significativamente as chances de um derrame. As principais medidas preventivas incluem:

  • Controle da pressão arterial: Manter a pressão arterial sob controle é fundamental, pois a hipertensão é um dos principais fatores de risco para AVC.
  • Controle do colesterol: Níveis elevados de colesterol podem levar ao acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco de AVC.
  • Controle do diabetes: O diabetes aumenta o risco de AVC e outras complicações vasculares.
  • Alimentação saudável: Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e grãos integrais, com baixo teor de gordura saturada e sódio, é fundamental para a saúde cardiovascular.
  • Atividade física regular: A prática regular de atividade física ajuda a controlar o peso, a pressão arterial e o colesterol, além de melhorar a saúde cardiovascular.
  • Não fumar: O tabagismo aumenta significativamente o risco de AVC.
  • Moderação no consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode aumentar o risco de AVC.

Conclusão

Diante da suspeita de um AVC, a rapidez na identificação dos sinais e a busca imediata por ajuda médica são cruciais. Cada segundo conta, e o tempo de resposta pode determinar o grau de recuperação e a qualidade de vida do paciente. Ao conhecer os sinais de alerta, saber como agir e adotar medidas preventivas, podemos contribuir para reduzir o impacto devastador do AVC. Lembre-se: tempo é cérebro!