É possível deserdar o meu pai?

Deserdar o meu pai? A sério? Nunca pensei que fosse algo que me passasse pela cabeça… Mas a vida, né? Dá tantas voltas. Parece surreal, mas sim, é possível. A lei, fria e crua, permite.

Imaginem só. O meu pai… deserdado. Por mim. Dói só de pensar. Mas se ele fizesse mal à minha madrasta? À minha avó paterna? Pessoas que amo, que fazem parte da minha vida… Como poderia reagir?

A lei diz que se ele cometesse um crime contra elas… Um crime! Contra a família! Ou se, ainda por cima, inventasse mentiras, testemunhos falsos… para as prejudicar. Imaginem a dor, a traição. Será que conseguiria perdoar? Não sei…

É complicado. Deserdar… É uma palavra tão forte. Corta laços, quebra histórias. Lembro-me de quando era pequena, o meu pai… [insira uma memória pessoal positiva com o pai]. Será que tudo isso se apagaria?

A lei fala em “denúncia caluniosa”, “falso testemunho”… termos jurídicos, parecem tão distantes. Mas pensem no impacto real, na vida das pessoas. Tipo, uma amiga minha passou por algo parecido… [insira uma breve história real, omitindo nomes, sobre falso testemunho]. Foi horrível. Destruiu a família dela.

Então, sim. A lei permite. Mas será que eu conseguiria? É uma decisão tão… pesada. Tanto rancor, tanta mágoa… Preferia mil vezes que nada disto fosse sequer uma possibilidade. Que a minha família fosse feliz, unida. Mas a vida, como eu disse, dá voltas. E às vezes, precisamos de saber o que a lei nos permite fazer, mesmo que doa. Mesmo que nunca queiramos chegar a esse ponto.