Como classificamos o grau dos adjetivos?

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Adjetivos concordam em gênero e número com o substantivo. Seu grau expressa intensidade: no comparativo, compara-se a qualidade (igualdade, superioridade, inferioridade); no superlativo, realça a qualidade (absoluto analítico, absoluto sintético, relativo de superioridade e relativo de inferioridade).

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A Intensa Graduação dos Adjetivos: Uma Exploração da Intensidade

Os adjetivos, palavras que qualificam os substantivos, possuem uma característica fundamental que lhes confere expressividade: o grau. Enquanto a concordância em gênero e número garante a harmonia sintática, o grau revela a intensidade da qualidade expressa pelo adjetivo, adicionando nuances importantes ao significado da frase. Compreender como classificamos esse grau é essencial para o domínio da língua portuguesa e a produção de textos mais ricos e precisos.

Ao contrário do que muitas vezes se simplifica, a classificação do grau dos adjetivos não se resume apenas a “comparativo” e “superlativo”. A análise precisa considerar as diferentes formas como a intensidade é expressa, levando a uma categorização mais detalhada. Vamos explorá-las:

1. Grau Comparativo: Estabelece uma comparação entre duas ou mais qualidades, revelando se são iguais, superiores ou inferiores.

  • Comparativo de Igualdade: Indica igualdade entre as qualidades. Emprega-se a conjunção “como” ou “tanto quanto”. Exemplo: Sua beleza é como a de uma deusa. Ele é tão inteligente quanto seu irmão.

  • Comparativo de Superioridade: Mostra que uma qualidade é superior à outra. Pode ser expresso analiticamente (usando “mais” antes do adjetivo) ou sinteticamente (usando formas específicas). Exemplo: Analiticamente: Ela é mais inteligente que ele. Sinteticamente: Ele é melhor que ela. (forma sintética de “bom”)

  • Comparativo de Inferioridade: Indica que uma qualidade é inferior à outra. Utiliza “menos” antes do adjetivo ou formas específicas (menos frequentes). Exemplo: Ele é menos alto que seu pai. Ela é pior do que esperava. (forma sintética de “mau”)

Observação: A formação do comparativo sintético varia de adjetivo para adjetivo, sendo que muitos não o possuem.

2. Grau Superlativo: Intensifica ao máximo a qualidade expressa pelo adjetivo, destacando-a. Aqui, a classificação se torna mais complexa, subdividindo-se em:

  • Superlativo Absoluto: Expressa a qualidade em seu grau máximo sem comparação com outra.

    • Superlativo Absoluto Analítico: Usa-se “muito”, “extremamente”, “sumamente” ou palavras semelhantes antes do adjetivo. Exemplo: Ela é muito inteligente. A situação é extremamente grave.

    • Superlativo Absoluto Sintético: Utiliza-se uma terminação específica no adjetivo para indicar o superlativo. Exemplo: Aquele homem é fortíssimo. A paisagem é belíssima. Note que, assim como no comparativo, nem todos os adjetivos admitem o superlativo sintético.

  • Superlativo Relativo: Estabelece a superioridade ou inferioridade de uma qualidade em relação a outras do mesmo grupo.

    • Superlativo Relativo de Superioridade: Indica que uma qualidade é superior às demais dentro de um conjunto. Exemplo: Ele é o mais inteligente da turma. Este é o melhor aluno da classe.

    • Superlativo Relativo de Inferioridade: Indica que uma qualidade é inferior às demais dentro de um conjunto. Exemplo: Esta é a menos interessante das opções. Ele é o pior jogador do time.

Em resumo, a classificação do grau dos adjetivos exige uma análise cuidadosa das estruturas frasais e das formas empregadas para expressar a intensidade da qualidade. Compreender as nuances de cada tipo de grau – comparativo de igualdade, superioridade e inferioridade; e superlativo absoluto analítico, absoluto sintético, relativo de superioridade e relativo de inferioridade – é crucial para uma escrita precisa e eficaz. A flexibilidade da língua permite variações e expressões idiomáticas, mas a base conceitual aqui apresentada serve como um guia essencial para a análise e a aplicação correta do grau dos adjetivos.