Como identificar um erro de concordância verbal?
A concordância verbal exige que o verbo concorde em pessoa e número com o sujeito. Está correto dizer ele estuda, mas eles estudam ou ele estudam são incorretos. A falta de harmonia entre sujeito e verbo configura um erro.
Desvendando os Mistérios da Concordância Verbal: Como Identificar Erros
A concordância verbal, a harmonia entre o verbo e seu sujeito, é uma pedra angular da gramática portuguesa. Quando essa harmonia se quebra, surge o erro, muitas vezes sutil, mas capaz de comprometer a clareza e a correção de um texto. Mas como identificar esses deslizes? Este artigo oferece algumas dicas e estratégias para detectar e corrigir erros de concordância verbal, focando em casos que frequentemente geram dúvidas.
1. Identificando o Sujeito: A Base da Concordância
O primeiro passo crucial para verificar a concordância verbal é identificar corretamente o sujeito da oração. O sujeito é o termo sobre o qual o verbo declara algo. Observe que o sujeito pode ser simples (um único núcleo) ou composto (dois ou mais núcleos). Aqui reside uma fonte comum de erros:
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Sujeito Simples: “A aluna estudou muito para a prova.” O verbo “estudou” concorda em número e pessoa com o sujeito “a aluna” (3ª pessoa do singular).
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Sujeito Composto: “O professor e os alunos participaram da palestra.” O verbo “participaram” concorda com o sujeito composto no plural (3ª pessoa do plural). Atenção: Se os núcleos do sujeito composto forem unidos por “ou” ou “nem”, o verbo concordará com o núcleo mais próximo, ou irá para o plural se a ideia for de adição ou reciprocidade. Ex: “Nem o pai nem os filhos foram à festa.” / “Tanto o pai como os filhos foram à festa.”
2. Casos Especiais que Demandam Atenção:
Certos casos exigem atenção redobrada:
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Sujeito Coletivo: Coletivos (ex: grupo, equipe, multidão) podem levar o verbo para o singular ou para o plural, dependendo da ênfase: “O grupo de alunos participou da atividade.” (ênfase no grupo como unidade) / “O grupo de alunos participaram da atividade.” (ênfase nos alunos individualmente).
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Expressões Quantitativas: Expressões como “a maioria de”, “a metade de”, “uma porcentagem de” seguidas de um substantivo plural podem levar o verbo ao singular ou ao plural. A concordância com o substantivo mais próximo geralmente é preferível, mas a concordância com o numeral pode ser usada dependendo do contexto. Ex: “A maioria dos alunos aprovaram na prova.” / “A maioria dos alunos aprovou na prova”.
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Verbos Impessoais: Verbos impessoais, como “haver” (no sentido de existir) e “fazer” (indicando tempo), permanecem sempre na terceira pessoa do singular. Ex: “Havia muitas pessoas na festa.” / “Faz dois anos que não o vejo.”
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Pronomes de tratamento: Os pronomes de tratamento (você, Vossa Senhoria, etc.) são tratados como terceira pessoa do singular, mesmo que o sentido seja de plural. Ex: “Vossa Excelência está satisfeito com os resultados?”.
3. A Concordância com o Sujeito Oracional:
Quando o sujeito é uma oração subordinada substantiva, o verbo principal concorda com essa oração, considerando-a como um todo (singular). Ex: “É importante que todos colaborem.”
4. Dicas Práticas para a Detecção de Erros:
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Sublinhe o sujeito: Essa simples ação auxilia na identificação do núcleo da concordância.
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Leia a frase em voz alta: A sonoridade pode revelar a desarmonia entre sujeito e verbo.
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Utilize diferentes formulações: Reformular a frase pode facilitar a identificação do erro.
A prática constante é fundamental para dominar a concordância verbal. A leitura atenta de textos bem escritos e a busca por feedback em suas próprias produções contribuem significativamente para o aprimoramento da escrita. Dominar a concordância verbal é essencial para uma comunicação clara, concisa e eficaz.
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