Como identificar uma oração completiva?

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Orações completivas, geralmente subordinadas, complementam o sentido de um verbo ou locução verbal, atuando como sujeito ou complemento. Sua identificação se dá pela sua dependência sintática em relação à oração principal, completando o significado de um verbo, como em Sei que é tarde, onde que é tarde complementa o verbo sei.

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Desvendando as Orações Completivas: Um Guia Prático de Identificação

As orações completivas, frequentemente chamadas de subordinadas completivas, desempenham um papel crucial na construção de frases mais complexas e ricas em significado. Ao contrário das orações coordenadas, que se unem de forma independente, as completivas dependem sintaticamente de outra oração (a principal) para completar seu sentido. Mas como identificar com precisão uma oração completiva em meio a outras estruturas frasais? Este artigo oferece um guia prático para essa tarefa, explorando diferentes nuances e exemplos.

A característica principal de uma oração completiva é sua função de complemento de um verbo, nome ou locução verbal na oração principal. Ela “completa” o sentido da oração principal, fornecendo informações essenciais para que o significado fique completo e compreensível. Essa complementação pode ocorrer de duas formas principais:

1. Completando o sentido de um verbo: Essa é a função mais comum das orações completivas. Observe os exemplos:

  • Verbo de elocução/pensamento: Espero que ele venha. (A oração “que ele venha” completa o verbo “espero”). Outros verbos que frequentemente exigem completivas são: dizer, afirmar, pensar, acreditar, saber, duvidar, perguntar, etc.

  • Verbos transitivos indiretos: Precisamos de que você nos ajude. (A oração “de que você nos ajude” complementa o verbo “precisamos”). Outros verbos que podem apresentar essa construção são: concordar, depender, confiar, etc.

  • Verbos que indicam certeza/dúvida: Tenho certeza de que ele chegará a tempo. (A oração “de que ele chegará a tempo” completa o sentido de “tenho certeza”).

2. Completando o sentido de um nome ou locução verbal: Embora menos frequente que a complementação verbal, as orações completivas também podem complementar substantivos ou locuções verbais. Veja:

  • Substantivos: A notícia de que ele havia ganhado na loteria surpreendeu a todos. (A oração “de que ele havia ganhado na loteria” complementa o substantivo “notícia”). Outros substantivos que podem ser complementados por orações completivas são: ideia, fato, certeza, dúvida, etc.

  • Locuções verbais: Estamos cientes de que há um problema. (A oração “de que há um problema” complementa a locução verbal “estamos cientes”).

Identificando a oração completiva na prática:

Para identificar uma oração completiva, busque:

  • A presença de uma conjunção integrante: As conjunções integrantes “que” e “se” são os principais indicadores de uma oração completiva. Contudo, é crucial observar o contexto, pois outras conjunções podem introduzir orações subordinadas adverbiais ou adjetivas.

  • A dependência sintática: A oração completiva sempre dependerá da oração principal. Se a oração puder ser removida sem prejudicar a estrutura ou o sentido da oração principal, provavelmente não se trata de uma oração completiva.

  • A função sintática: Pergunte-se: qual é a função da oração subordinada na oração principal? Se ela funciona como sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo ou complemento nominal, então você provavelmente está diante de uma oração completiva.

Conclusão:

Dominar a identificação das orações completivas é essencial para uma análise sintática precisa e para uma compreensão mais profunda da estrutura e do significado das frases em português. Ao atentar para os elementos apresentados neste artigo – a dependência sintática, a presença de conjunções integrantes e a função de complemento – você estará bem equipado para identificar e analisar essas importantes orações subordinadas. Lembre-se que a prática é fundamental para aprimorar essa habilidade.