Como identificar uma oração subordinada completiva?
Orações subordinadas completivas, substantivas, podem ser finitas (ex: que desejava cantar) ou não finitas (ex: para sair mais tarde), dependendo da forma verbal do verbo da oração principal. Exemplos: O Luís disse [que desejava cantar]; A mãe perguntou [se queremos jantar já]; A professora pediu [para sair mais tarde].
Desvendando as Orações Subordinadas Completivas: Um Guia Prático
As orações subordinadas completivas, também conhecidas como substantivas, desempenham um papel crucial na construção de frases mais complexas e ricas em informações. Diferentemente das adverbiais e adjetivas, elas não modificam um elemento da oração principal, mas sim complementam o sentido de um verbo, nome ou adjetivo, atuando como um complemento sintático essencial. A dificuldade, porém, reside em identificá-las com precisão. Este artigo visa fornecer um guia prático para essa identificação, focando em aspectos que muitas vezes passam despercebidos.
A chave para a identificação: a função de complemento
A característica principal de uma oração subordinada completiva é sua função de complemento. Ela completa o significado de um termo da oração principal, respondendo a perguntas como: o quê? quem? qual? a que? Este complemento pode ser de um verbo (transitivo direto ou indireto), de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) ou até mesmo de uma interjeição. Observe que, ao contrário das orações subordinadas adverbiais, que expressam circunstâncias, as completivas fornecem uma informação essencial para o entendimento completo da frase.
Identificando a oração principal e o verbo/nome que ela complementa:
Antes de analisar a oração subordinada, é fundamental identificar a oração principal e o termo que a completiva complementa. Essa análise sintática inicial é o primeiro passo para a correta classificação.
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Exemplo 1: Ele acredita que encontrará sucesso.
- Oração principal: Ele acredita.
- Termo complementado: O verbo “acredita” (transitivo direto).
- Oração subordinada completiva: que encontrará sucesso (complementa o verbo “acredita”, respondendo à pergunta “o quê?”).
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Exemplo 2: Tenho certeza de que ele virá.
- Oração principal: Tenho certeza.
- Termo complementado: O nome “certeza” (complementado pela preposição “de”).
- Oração subordinada completiva: de que ele virá (complementa o nome “certeza”).
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Exemplo 3: Estou ansioso por viajar.
- Oração principal: Estou ansioso.
- Termo complementado: O adjetivo “ansioso” (complementado pela preposição “por”).
- Oração subordinada completiva: por viajar (complementa o adjetivo “ansioso”).
Finita ou não finita? A importância da forma verbal:
As orações subordinadas completivas podem ser finitas ou não finitas, dependendo da forma verbal empregada.
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Orações subordinadas completivas finitas: Apresentam verbo conjugado (flexionado em tempo, modo e pessoa). São introduzidas geralmente por conjunções integrantes “que” e “se”. Ex: Espero que chova amanhã.
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Orações subordinadas completivas não finitas: Apresentam verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio. Geralmente são introduzidas por preposições. Ex: Ele decidiu viajar. (Infinitivo); Estou contente em te ajudar. (Infinitivo); Preciso de você sendo sincero. (Gerúndio).
Diferenciando das outras subordinadas:
É fundamental diferenciar as completivas das adverbiais e adjetivas. Enquanto as completivas complementam o sentido de um verbo, nome ou adjetivo, as adverbiais modificam a oração principal, exprimindo circunstâncias (tempo, lugar, modo, causa etc.). Já as adjetivas modificam um substantivo ou pronome. A análise da função sintática é crucial para essa distinção.
Em resumo, identificar uma oração subordinada completiva exige uma leitura atenta, buscando compreender sua função essencial de completar o sentido de um elemento da oração principal. A análise da função sintática, a identificação do termo complementado e a observação da forma verbal são passos cruciais para uma correta classificação. Com prática e atenção, dominar esse tipo de oração se torna uma tarefa acessível.
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