Como se trata na terceira pessoa?

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As formas de tratamento em português variam de acordo com o grau de formalidade e a relação entre falante e ouvinte. Para usar a terceira pessoa de forma adequada, é crucial levar em conta o contexto social e a posição do interlocutor. A escolha da forma de tratamento reflete respeito e cortesia.

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Tratamento na Terceira Pessoa: Um Guia Prático para o Português Brasileiro

As formas de tratamento em português brasileiro, ao utilizar a terceira pessoa, são fundamentais para a manutenção de uma comunicação respeitosa e eficaz. A escolha entre “ele/ela” e pronomes mais formais como “o Sr.(a.)”, “a senhora(o)” ou “o/a ilustre (x)” depende de um delicado equilíbrio entre a formalidade da situação e a relação entre os interlocutores.

Diferentemente do uso do “tu” informal, a terceira pessoa exige uma atenção particular ao contexto. A simples mudança da forma de tratamento pode refletir nuances importantes na relação e na intenção comunicativa.

Fatores Determinantes na Escolha do Pronome:

  • Formalidade da Situação: Em contextos formais, como correspondências oficiais, reuniões de negócios ou discursos públicos, o uso de “o Sr(a).”, “a senhora(o)” ou “o/a ilustre (x)” é imprescindível. Já em contextos mais informais, como conversas entre amigos ou familiares, o uso de “ele/ela” é perfeitamente aceitável e natural.

  • Relação entre Interlocutores: A proximidade, a hierarquia e o nível de conhecimento mútuo influenciam a escolha. Em situações em que não se conhece o interlocutor, ou quando a relação é profissional e distante, a formalidade prevalece. Em situações de maior intimidade, o uso de “ele/ela” se torna natural.

  • Hierarquia: Em ambientes de trabalho com diferenças de status, a formalidade deve ser observada. Um colaborador junior se dirigirá ao gerente como “o Sr./a Sra. Gerente”, enquanto o gerente poderá usar “ele/ela” na mesma conversa, mas sem perder o respeito.

  • Contexto da Informação: A forma como a informação é transmitida pode influenciar a escolha. Se a informação se refere a uma pessoa desconhecida ou distante, o tratamento formal é adequado. Se a informação é sobre alguém com quem se tem uma relação mais próxima, pode-se optar por “ele/ela”.

  • Pluralidade: Ao se referir a uma pessoa da terceira pessoa do plural (eles/elas), as formas de tratamento formais também se adaptam. “Os Senhores” ou “As Senhoras” são opções adequadas em contextos formais, e “eles/elas” podem ser utilizados em contextos informais.

Erros Comuns a Evitar:

  • Utilizar tratamento informal em situações formais: Usar “ele/ela” em correspondências oficiais ou em reuniões importantes demonstra falta de respeito e profissionalismo.

  • Utilizar tratamento formal excessivamente em situações informais: Exagerar no uso de formas formais como “o senhor” ou “a senhora” em conversas entre amigos ou familiares pode soar artificial e desconfortável.

  • Ignorar as normas de tratamento social: A falta de atenção às convenções sociais pode levar a mal-entendidos ou causar constrangimento. Observar os usos linguísticos da região e da cultura também é fundamental.

Conclusão:

O uso adequado da terceira pessoa em português brasileiro é crucial para a comunicação eficaz e respeitosa. A escolha correta do tratamento reflete consideração pelo interlocutor e demonstra respeito pela relação entre os envolvidos. Ao considerar os fatores mencionados, é possível navegar pelos diferentes níveis de formalidade e construir interações harmoniosas.