Faz é verbo transitivo direto ou indireto?

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O verbo fazer é transitivo direto. Ele exige um complemento que não é introduzido por preposição, o objeto direto. Por exemplo, em Eu faço um bolo, um bolo é o objeto direto de fazer. Embora fazer possa aparecer em construções com preposição, como em fazer referência a, a preposição está ligada ao substantivo referência e não afeta a transitividade do verbo fazer.
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A Transitividade do Verbo Fazer: Uma Análise Detalhada

O verbo fazer é um dos verbos mais versáteis e utilizados na língua portuguesa. Sua ampla gama de significados e aplicações o tornam um elemento fundamental na construção de frases e na expressão de ideias. No entanto, essa versatilidade pode gerar dúvidas quanto à sua transitividade. Afinal, fazer é um verbo transitivo direto, indireto ou intransitivo?

A resposta reside na análise da sua construção frasal. De forma geral, o verbo fazer é predominantemente transitivo direto (VTD). Isso significa que ele exige um complemento que não é introduzido por preposição, o que chamamos de objeto direto. Esse objeto direto complementa o sentido do verbo, especificando o que está sendo feito.

Para ilustrar, consideremos a frase: Eu faço um bolo. Neste caso, faço é o verbo, e um bolo é o objeto direto. O verbo precisa do objeto direto para ter seu sentido completo; a pergunta Eu faço o quê? encontra resposta em um bolo. A ausência de preposição entre o verbo e o objeto direto reforça a transitividade direta do verbo fazer.

Outros exemplos que reforçam essa classificação incluem:

  • Ele faz exercícios diariamente. (Objeto direto: exercícios)
  • Nós fazemos planos para o futuro. (Objeto direto: planos)
  • A empresa faz investimentos em tecnologia. (Objeto direto: investimentos)
  • Ela faz o jantar todas as noites. (Objeto direto: o jantar)

Nestes exemplos, o verbo fazer sempre se liga diretamente ao seu complemento, sem a necessidade de uma preposição para estabelecer a ligação. Essa característica é a marca distintiva da transitividade direta.

Exceções e Nuances:

É importante ressaltar que, embora a transitividade direta seja a forma mais comum, o verbo fazer pode aparecer em construções que à primeira vista podem gerar confusão. Por exemplo, consideremos a frase: Ele faz referência a estudos científicos.

Nesta frase, a expressão referência a pode levar à interpretação errônea de que fazer é um verbo transitivo indireto, com a estudos científicos sendo o objeto indireto. No entanto, a análise mais precisa revela que a preposição a está ligada ao substantivo referência, formando a locução referência a. O verbo fazer ainda está agindo como transitivo direto, tendo como objeto direto a palavra referência. Poderíamos parafrasear a frase como Ele faz uma referência a estudos científicos, onde uma referência fica claro como o objeto direto.

Outro ponto a considerar é o uso do verbo fazer em locuções verbais. Nesses casos, o verbo fazer atua como um auxiliar, e a transitividade da locução dependerá do verbo principal. Por exemplo, em Vou fazer acontecer, a locução fazer acontecer é transitiva direta, pois acontecer é transitivo direto neste contexto (acontecer algo).

Em resumo, a análise cuidadosa do contexto frasal é fundamental para determinar a transitividade do verbo fazer. Embora nuances e construções específicas possam gerar dúvidas, a predominância da transitividade direta é inegável. Ao compreender essa característica, podemos utilizar o verbo fazer de forma mais precisa e eficaz na comunicação.