O que é concordância em uma frase?

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A concordância verbal garante a harmonia entre sujeito e verbo. Se o sujeito é singular, o verbo também o será; se o sujeito é plural, o verbo acompanhará no plural. Essa concordância garante a clareza e a correção gramatical da frase, assegurando a adequada relação entre as palavras. A falta dela compromete a compreensão do texto.

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A Dança das Palavras: Desvendando a Concordância Verbal e Nominal

A beleza de uma frase bem construída reside, em grande parte, na harmonia entre suas palavras. Essa harmonia é garantida, principalmente, pela concordância, um mecanismo gramatical que estabelece relações de compatibilidade entre os termos da oração. Podemos dividir a concordância em dois tipos principais: verbal e nominal. Este artigo focará na concordância verbal, explorando suas nuances e importância para a clareza textual.

A concordância verbal, em sua essência, é a relação de dependência que existe entre o verbo e o sujeito da oração. O verbo concorda com o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Em outras palavras, o verbo se adapta ao sujeito, refletindo sua quantidade e o agente da ação. Observe a seguinte frase:

  • A menina sorri.

Nesse caso, o sujeito (“a menina”) é singular e o verbo (“sorri”) também o é. A concordância está perfeita. Já em:

  • As meninas sorriem.

O sujeito (“as meninas”) é plural, e o verbo (“sorriem”) acompanha essa pluralidade, mantendo a harmonia gramatical. Essa aparente simplicidade, no entanto, esconde uma gama de situações que exigem atenção e um profundo conhecimento das regras da língua portuguesa.

A complexidade da concordância verbal surge quando o sujeito apresenta particularidades, como:

  • Sujeito composto: Quando o sujeito é formado por dois ou mais núcleos, o verbo pode ir para o plural (concordância regular) ou, em alguns casos, concordar com o núcleo mais próximo (concordância atrativa, menos frequente e que deve ser usada com cautela). Exemplo: “O pai e a filha saíram / saiu cedo”.

  • Sujeito coletivo: Coletivos (ex: grupo, equipe, multidão) podem levar o verbo ao singular (se a ênfase é na unidade do grupo) ou ao plural (se a ênfase está nos indivíduos que compõem o grupo). Exemplo: “O grupo de estudantes apresentou / apresentaram um excelente trabalho”.

  • Sujeito oracional: Quando o sujeito é uma oração subordinada substantiva, o verbo principal fica na terceira pessoa do singular. Exemplo: “É importante que todos colaborem.”

  • Expressões fracionárias: A concordância do verbo com expressões fracionárias depende do numeral. Se o numeral é singular, o verbo fica no singular. Se o numeral é plural, o verbo concorda com o numeral. Exemplo: “Um terço dos alunos faltou / “Dois terços dos alunos faltaram“.

A concordância verbal é crucial para a compreensão e interpretação do texto. A falta dela gera ambiguidades e compromete a clareza da mensagem, podendo até mesmo resultar em interpretações errôneas. A busca pela precisão gramatical, que a concordância proporciona, eleva a qualidade da escrita e a eficácia da comunicação. Dominar as nuances da concordância verbal é, portanto, um passo fundamental para se expressar com precisão e elegância na língua portuguesa.