O que é voz passiva?
A voz passiva se manifesta quando o sujeito gramatical da frase não pratica a ação verbal, mas a recebe. Nesse caso, o sujeito é o paciente da ação. Na forma analítica da voz passiva, a estrutura é composta por um verbo auxiliar (ser, estar ou ficar) seguido do verbo principal no particípio. Essa construção inverte a relação ativa original.
Desvendando a Voz Passiva: Mais do que uma Simples Inversão
A voz passiva, um dos pilares da sintaxe da língua portuguesa, frequentemente gera dúvidas e confusão, principalmente para aqueles que se iniciam no estudo da gramática. Enquanto a voz ativa destaca o agente da ação (quem realiza a ação), a voz passiva concentra-se no paciente (quem recebe a ação). Mas entender a voz passiva vai além de simplesmente identificar a inversão sujeito-objeto. É crucial compreender suas nuances e aplicações para dominar a escrita e a interpretação de textos.
O Sujeito Paciente: No Coração da Voz Passiva
A característica principal da voz passiva é justamente a mudança no foco da frase. O sujeito da frase em voz passiva não é o agente da ação, mas sim o receptor dela. Imagine a frase: “O padeiro assou o pão”. Aqui, “o padeiro” é o sujeito agente (quem realiza a ação). Na voz passiva, a ênfase muda para o pão: “O pão foi assado pelo padeiro”. Observe que “o pão”, agora sujeito da frase, sofre a ação de ser assado.
Voz Passiva Analítica: A Estrutura Clássica
A forma mais comum de expressar a voz passiva é a analítica. Ela se constitui de um verbo auxiliar (geralmente “ser”, “estar” ou “ficar”) conjugado no tempo e modo correspondentes ao verbo principal, que por sua vez aparece no particípio. A construção, como já mencionado, inverte a relação agente-paciente da voz ativa. Vejamos alguns exemplos:
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Ativa: A professora corrigiu as provas.
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Passiva: As provas foram corrigidas pela professora.
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Ativa: Eles pintaram a casa.
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Passiva: A casa foi pintada por eles. (ou: A casa foi pintada.)
Note que na segunda frase passiva, a expressão “por eles” é opcional. A omissão do agente da passiva é comum, principalmente quando a identidade do agente é irrelevante ou desconhecida.
Voz Passiva Sintética: Brevidade e Elegância
Além da voz passiva analítica, existe a voz passiva sintética, também conhecida como voz passiva pronominal. Essa construção utiliza-se de um pronome apassivador (“se”) e o verbo na terceira pessoa do singular ou plural, concordando com o sujeito paciente. Essa forma é mais concisa e elegante, porém exige atenção na identificação do sujeito.
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Ativa: Vendem-se casas.
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Passiva: Casas são vendidas.
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Ativa: Consertam-se computadores.
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Passiva: Computadores são consertados.
A Importância da Contexto e Escolha da Voz
A escolha entre a voz ativa e a voz passiva não é arbitrária. A voz ativa é geralmente mais direta e dinâmica, enquanto a voz passiva confere formalidade e objetividade, destacando o resultado da ação. A escolha dependerá do efeito que se pretende alcançar no texto e do contexto comunicativo. Um relatório científico, por exemplo, tende a privilegiar a voz passiva para garantir imparcialidade e objetividade.
Em suma, a compreensão da voz passiva exige a análise atenta da estrutura frasal, identificando o sujeito paciente e o verbo auxiliar, diferenciando a forma analítica da sintética. Dominar esse recurso gramatical amplia significativamente a capacidade de escrita e interpretação de textos, permitindo a escolha consciente da melhor voz para expressar a mensagem desejada.
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