O que eliminou o Novo Acordo Ortográfico?

O que eliminou o Novo Acordo Ortográfico?

O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, apesar de bem intencionado, não foi extinto. Ele continua vigente, e suas regras são a base da ortografia da língua portuguesa em países que o adotaram. Portanto, afirmar que algo eliminou o acordo é impreciso e equivocado.

O que ocorreu, ao invés de uma eliminação, foi um processo de adaptação e, em alguns casos, uma reação a sua aplicação. A mudança ortográfica não desapareceu.

O que, então, influenciou a percepção de que o acordo tenha “desaparecido”? Provavelmente, a combinação de fatores como a persistência de discussões sobre a melhor forma de aplicar as regras, a velocidade com que a sociedade se adapta às mudanças e a complexidade das novas normas de acentuação e grafia.

A mudança mais debatida e que gerou impactos perceptíveis na prática foi a eliminação do acento agudo em palavras com “i” e “u” tônicos após ditongo decrescente. Exemplos incluem “feiúra”, “Bocaiuva”, “averigue” e “oblíque”. A intenção, como corretamente mencionado, era simplificar a ortografia, sem afetar a pronúncia. Entretanto, essa mudança, assim como outras do acordo, gerou debates e questionamentos sobre a necessidade e a aplicação prática das normas.

A resposta, portanto, não está em uma força externa eliminando o acordo, mas sim na dinâmica da própria língua e na forma como ela se adapta às mudanças. O debate sobre a ortografia, e a própria forma como as normas são aplicadas em diferentes contextos, continuará a existir, sem que o Novo Acordo Ortográfico, em si, tenha sido “eliminado”.