Quais são as formas nominais do verbo dê exemplos?

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As formas nominais do verbo são: infinitivo (ex: amar, cantar, partir), gerúndio (ex: amando, cantando, partindo) e particípio (ex: amado, cantado, partido). O infinitivo indica a ação verbal sem indicar tempo ou pessoa. O gerúndio indica ação em progresso. O particípio, além de indicar ação concluída, participa da formação de tempos compostos e voz passiva.
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As Formas Nominais do Verbo: Mais do que Simples Nomes

As formas nominais do verbo, apesar do nome, não são simplesmente nomes. Elas carregam a semântica verbal, ou seja, o significado da ação, mas sem a conjugação típica que marca tempo e pessoa. Isso confere a elas uma flexibilidade morfossintática notável, permitindo seu uso em funções sintáticas tipicamente nominais, como sujeito, objeto, complemento nominal, etc. Compreender suas características é fundamental para dominar a estrutura e a riqueza da língua portuguesa.

As três formas nominais são: o infinitivo, o gerúndio e o particípio. Cada uma delas apresenta nuances específicas de significado e emprego:

1. O Infinitivo: Representa a ação verbal de forma pura, sem indicação de tempo ou pessoa. Apresenta-se em duas formas principais: o infinitivo impessoal (amar, correr, partir) e o infinitivo pessoal (amar eu, correres tu, partir ele). No infinitivo impessoal, a ação não está vinculada a um sujeito específico. Já o infinitivo pessoal indica o sujeito da ação, flexionando-se em pessoa e número. Observemos exemplos:

  • Infinitivo Impessoal: É importante estudar. (Sujeito: estudar; predicado: é importante)
  • Infinitivo Pessoal: Quero que estudes muito. (Sujeito: tu; verbo principal: quero; oração subordinada: que estudes muito)

A utilização do infinitivo impessoal ou pessoal depende do contexto e da intenção comunicativa. Em geral, o impessoal é mais comum e mais versátil.

2. O Gerúndio: Indica uma ação em progresso, simultânea a outra ação ou a um estado. Termina geralmente em -ndo (amando, correndo, partindo). Seu uso frequentemente gera construções participiais, que funcionam como adjuntos adverbiais, expressando circunstâncias de tempo, modo ou causa. Veja:

  • Lendo um livro, adormeci. (ação simultânea: lendo e adormeci)
  • Chorando copiosamente, ela relatou o ocorrido. (circunstância de modo)
  • Saindo de casa, tropecei. (circunstância de tempo/causa)

3. O Particípio: O particípio, além de indicar a ação concluída ou passada, desempenha um papel crucial na formação de tempos compostos (pretérito perfeito composto, futuro do presente composto etc.) e na voz passiva. Ele pode assumir formas regulares (amado, cantado, partido) ou irregulares (feito, escrito, dito), variando em gênero e número para concordar com o substantivo a que se refere.

  • Tempos Compostos: Eu tinha estudado muito. (pretérito perfeito composto)
  • Voz Passiva: A carta foi escrita por ele. (particípio conjugado na voz passiva)
  • Adjetivo: Os alunos cansados foram para casa. (particípio com função adjetiva)

A flexão do particípio em gênero e número demonstra sua natureza nominal, mas sua origem verbal é inegável, pois carrega em si o significado da ação do verbo. Sua utilização varia de acordo com o contexto, podendo funcionar como adjetivo, parte de uma locução verbal ou na formação da voz passiva.

Em síntese, as formas nominais, apesar de partilharem características com os nomes, mantêm sua essência verbal, oferecendo recursos expressivos indispensáveis à construção de frases ricas e complexas na língua portuguesa. Sua correta utilização garante precisão e elegância na comunicação escrita e falada. O estudo aprofundado de suas peculiaridades é fundamental para um domínio completo da língua.