Quais são as palavras infinitivas?

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O infinitivo é uma das três formas nominais do verbo. Forma-se adicionando o sufixo -r ao tema verbal (radical + vogal temática). Exemplos: cantar, conhecer, sorrir.

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Desvendando o Infinitivo: Mais que uma Forma Nominal

O infinitivo, frequentemente apresentado como uma das três formas nominais do verbo (ao lado do gerúndio e do particípio), carrega consigo uma complexidade que vai além da simples adição do “-r” ao radical verbal. Entender sua natureza e nuances é fundamental para dominar a língua portuguesa e explorar as diversas possibilidades expressivas que ela oferece.

Embora a definição tradicional o classifique como a forma “pura” do verbo, desprovida de flexões de tempo, modo, número ou pessoa, o infinitivo transcende essa ideia de neutralidade. Ele se manifesta em diferentes contextos e assume papéis distintos na construção de frases, ora se aproximando de um substantivo, ora de um verbo propriamente dito.

Para além do “-r”: A Essência do Infinitivo

A formação do infinitivo, com a adição do sufixo “-r” ao radical verbal (amar, vender, partir), é a sua marca registrada. No entanto, a verdadeira essência dessa forma nominal reside em sua capacidade de expressar a ação verbal em seu estado puro, sem as amarras das conjugações. Pense no infinitivo como a ideia da ação, o conceito por trás do verbo. “Cantar” representa o ato de cantar, independentemente de quem canta, quando canta ou como canta.

O Infinitivo em Ação: Diferentes Funções

A versatilidade do infinitivo se revela em suas diferentes funções sintáticas. Ele pode atuar como:

  • Substantivo: Nesse caso, o infinitivo nomeia a ação. Exemplos: “O amar é essencial”, “Viver é uma arte”. Observe como ele assume o papel de sujeito nessas frases, assim como um substantivo.

  • Verbo (em locuções verbais): Em combinação com verbos auxiliares, o infinitivo compõe locuções verbais que expressam diferentes nuances de tempo, modo e aspecto. Exemplos: “Vou estudar“, “Preciso trabalhar“, “Devo partir“. Aqui, o infinitivo carrega o significado principal da ação, enquanto o auxiliar contribui com informações adicionais.

  • Complemento de outros verbos: O infinitivo pode completar o sentido de outros verbos. Exemplos: “Quero viajar“, “Decidi ficar“. Nesses casos, o infinitivo indica a ação desejada ou decidida.

  • Adjunto Adnominal: O infinitivo pode modificar um substantivo, funcionando como um adjetivo. Exemplo: “Tenho livros para ler“. Aqui, “para ler” especifica quais livros.

  • Adjunto Adverbial: O infinitivo pode expressar circunstâncias como finalidade, causa, consequência, entre outras. Exemplos: “Estudo para aprender” (finalidade), “Chorei de ver aquela cena” (causa).

Infinitivo Pessoal e Impessoal: Uma Distinção Importante

O infinitivo pode ser flexionado em número e pessoa, concordando com o sujeito, caracterizando o infinitivo pessoal. Exemplos: “Para eu ir, preciso de dinheiro”. “Para nós irmos, precisamos de um carro”. A flexão, nesse caso, contribui para a clareza e evita ambiguidades. Já o infinitivo impessoal, como o próprio nome sugere, não se flexiona.

Concluindo:

O infinitivo é muito mais do que uma simples forma nominal terminada em “-r”. Sua riqueza reside em sua capacidade de expressar a ação verbal em sua essência, assumindo diferentes funções sintáticas e contribuindo para a construção de frases complexas e expressivas. Dominar seus usos e nuances é fundamental para a comunicação eficaz e para a plena compreensão da língua portuguesa.

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