Quando se usa o infinitivo pessoal?

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O infinitivo pessoal, na língua portuguesa, expressa uma ação de forma genérica, frequentemente associado a preposições como para, de, em, indicando desejo, intenção ou relação com algo. Diferente do infinitivo impessoal, ele indica um sujeito implícito.

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Quando se usa o infinitivo pessoal?

O infinitivo, na língua portuguesa, é uma forma verbal que expressa a ação de modo genérico, sem indicar tempo definido. Existem duas categorias principais de infinitivos: o impessoal e o pessoal. Enquanto o infinitivo impessoal representa a ação de forma abstrata, sem vínculo com um sujeito específico, o infinitivo pessoal, ao contrário, implica um sujeito, mesmo que não explicitamente declarado na frase. Compreender a diferença entre esses dois tipos é crucial para a construção correta de frases, especialmente quando se utilizam preposições para expressar intenção, finalidade ou relação com ações.

Infinitivo pessoal: o sujeito implícito

O principal diferencial do infinitivo pessoal é a presença de um sujeito implícito, ou seja, um sujeito não expresso verbalmente, mas inferível a partir do contexto. Ele desempenha um papel fundamental na frase, representando a pessoa ou entidade que realiza a ação. Esse sujeito não precisa ser explicitado, mas sua existência é uma marca distintiva do infinitivo pessoal.

Quando utilizar o infinitivo pessoal?

O infinitivo pessoal é empregado em diversas situações, frequentemente em construções com preposições, como:

  • Com preposições indicando finalidade, objetivo ou intenção: “Vim aqui para estudar.” (O sujeito implícito é “eu.”) “Ele trabalhou duro para comprar uma casa.” (O sujeito implícito é “ele.”) Nesses exemplos, as preposições “para” e “para” indicam a finalidade da ação do infinitivo.

  • Com preposições que expressam relação de causa, meio ou condição: “É necessário para viver. “(O sujeito implícito seria “alguém”) “Ela foi ao mercado de comprar legumes.” (O sujeito implícito é “ela”).

  • Expressando desejo, necessidade ou obrigação: “Quero viajar. “(O sujeito implícito é “eu.”) “Preciso terminar este trabalho.” (O sujeito implícito é “eu.”)

  • Em orações reduzidas: “Estou ansioso para receber as novidades.” (Oração reduzida de infinitivo).

  • Em frases com verbos que exigem o infinitivo como complemento: “Gostaria de ajudar.” (O sujeito implícito é “eu.”) “Eles insistem em viajar. “(O sujeito implícito é “eles.”)

Diferenciação do infinitivo impessoal:

O infinitivo impessoal não possui um sujeito implícito. Ele expressa a ação de forma abstrata, sem referência a uma entidade específica. Exemplos incluem:

  • Ler é importante.” (Ação em si, sem sujeito específico)
  • Andar de bicicleta é divertido.” (Ação em si, sem sujeito específico)

Conclusão:

O infinitivo pessoal, por sua capacidade de implicar um sujeito implícito, adiciona nuances e riqueza à expressão, permitindo a construção de frases mais elaboradas e precisas, especialmente quando se deseja especificar a intenção, finalidade ou relação com a ação. A distinção entre o infinitivo pessoal e o impessoal é fundamental para uma compreensão mais aprofundada da gramática portuguesa.