Quais são os 14 tipos de conjunções?

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Não há 14 tipos de conjunções de forma universalmente aceita na gramática. A classificação varia conforme a abordagem gramatical. Conjunções são geralmente divididas em coordenativas (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas) e subordinativas (causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais, proporcionais). A quantidade de subtipos dentro dessas categorias também é variável, dependendo da gramática utilizada.
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Desvendando o Universo das Conjunções: Uma Jornada Através da Conexão Gramatical

As conjunções, verdadeiras pontes linguísticas, desempenham um papel crucial na construção de frases e parágrafos coesos e coerentes. Longe de serem meros elementos decorativos, elas são os pilares que sustentam a lógica e a fluidez do discurso, permitindo a articulação de ideias e a criação de relações significativas entre os diferentes componentes de um texto.

Embora não exista um consenso absoluto sobre a quantidade exata de tipos de conjunções, a gramática tradicionalmente as divide em duas categorias principais: conjunções coordenativas e conjunções subordinativas. Dentro de cada uma dessas categorias, encontramos diversas subcategorias, cada qual com sua função específica e nuances de significado.

Conjunções Coordenativas: Unindo Elementos de Igual Hierarquia

As conjunções coordenativas estabelecem uma relação de coordenação entre termos ou orações, ou seja, unem elementos que possuem a mesma função sintática e importância dentro da frase. As principais subcategorias são:

  • Aditivas: Expressam a ideia de adição, soma ou continuidade. As mais comuns são e, nem (e não), também, ademais, além disso. Exemplo: Ele estudou muito e passou no exame.

  • Adversativas: Indicam oposição, contraste ou ressalva. As mais frequentes são mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante. Exemplo: Queria ir à festa, mas estava cansado.

  • Alternativas: Apresentam uma escolha ou alternância entre duas ou mais opções. As principais são ou, ou…ou, quer…quer, seja…seja. Exemplo: Você prefere café ou chá?

  • Conclusivas: Introduzem uma conclusão, consequência ou dedução. As mais utilizadas são logo, portanto, por conseguinte, assim, dessa forma. Exemplo: Ele se esforçou, logo mereceu ser recompensado.

  • Explicativas: Justificam ou explicam a ideia expressa na oração anterior. As mais comuns são que, porque, pois. Exemplo: Não fui ao cinema porque estava chovendo.

Conjunções Subordinativas: Hierarquizando as Relações Sintáticas

As conjunções subordinativas, por sua vez, estabelecem uma relação de dependência entre as orações. Uma oração (a subordinada) complementa ou modifica o sentido da outra (a principal), integrando-se a ela como um termo sintático. As principais subcategorias são:

  • Causais: Indicam a causa ou motivo da ação expressa na oração principal. As mais comuns são porque, já que, visto que, como (no início da frase). Exemplo: Ele faltou ao trabalho porque estava doente.

  • Comparativas: Estabelecem uma comparação entre dois elementos. As mais utilizadas são como, assim como, tal qual, mais…do que, menos…do que. Exemplo: Ele é tão inteligente quanto o irmão.

  • Concessivas: Expressam uma concessão, ou seja, uma ideia contrária àquela expressa na oração principal, mas que não impede a sua realização. As mais frequentes são embora, ainda que, mesmo que, apesar de que. Exemplo: Embora estivesse cansado, ele foi à festa.

  • Condicionais: Indicam uma condição para que a ação expressa na oração principal se realize. A principal é se. Exemplo: Se você estudar, passará no exame.

  • Conformativas: Indicam conformidade ou acordo com algo. A mais comum é conforme. Exemplo: Fiz o trabalho conforme as instruções.

  • Consecutivas: Expressam a consequência da ação expressa na oração principal. As mais utilizadas são tão…que, tamanho…que, de modo que. Exemplo: Ele gritou tão alto que assustou a todos.

  • Finais: Indicam a finalidade ou objetivo da ação expressa na oração principal. As mais comuns são para que, a fim de que. Exemplo: Estudo muito para que possa ter um bom futuro.

  • Temporais: Indicam o tempo em que ocorre a ação expressa na oração principal. As mais utilizadas são quando, enquanto, assim que, logo que, antes que, depois que. Exemplo: Sairei de casa quando terminar o trabalho.

  • Proporcionais: Indicam que a ação expressa na oração principal ocorre à medida que ocorre a ação expressa na oração subordinada. As mais utilizadas são à medida que, à proporção que. Exemplo: À medida que o tempo passa, a saudade aumenta.

Em suma, o domínio das conjunções é essencial para a construção de textos claros, precisos e persuasivos. Compreender as diferentes categorias e subcategorias, bem como suas nuances de significado, permite ao falante/escritor articular suas ideias de forma eficaz e estabelecer relações lógicas entre os diferentes elementos do discurso, enriquecendo a comunicação e facilitando a compreensão.