Quais são os tipos de deficiência auditiva?

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Existem três tipos principais de deficiência auditiva: neurossensorial, condutiva e mista. A neurossensorial, mais comum, surge de problemas na orelha interna ou nas vias neurais. A condutiva é causada por obstáculos na transmissão sonora pelo ouvido externo ou médio. A mista combina ambos os tipos.

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Desvendando a Diversidade da Audição: Uma Abordagem aos Tipos de Deficiência Auditiva

A deficiência auditiva, longe de ser uma condição homogênea, apresenta uma variedade de apresentações clínicas, dependendo da localização e da natureza da disfunção no sistema auditivo. Compreender essas nuances é crucial para o diagnóstico preciso e a implementação de intervenções eficazes. Contrariamente à ideia simplista de “surdez”, a realidade é muito mais complexa e abrange diferentes graus e tipos de perda auditiva. Neste artigo, vamos explorar os três tipos principais de deficiência auditiva: neurossensorial, condutiva e mista, aprofundando-nos em suas características e causas.

1. Deficiência Auditiva Neurossensorial:

Este tipo, o mais prevalente, decorre de problemas na cóclea (orelha interna), no nervo auditivo ou em ambas as estruturas. A cóclea, responsável por transformar as vibrações sonoras em impulsos elétricos, e o nervo auditivo, que transmite esses impulsos ao cérebro, são peças-chave desse processo. Danos nesses componentes levam a uma dificuldade na percepção dos sons, que pode variar de leve a profunda.

Causas da deficiência auditiva neurossensorial são diversas e incluem:

  • Fatores genéticos: Mutações genéticas podem causar malformações congênitas na orelha interna ou no nervo auditivo.
  • Exposição a ruídos excessivos: A exposição prolongada a sons altos, como em ambientes industriais ou em shows musicais, danifica as células ciliadas da cóclea, responsáveis pela transdução do som. Este tipo de perda auditiva é frequentemente progressiva e irreversível.
  • Infecções: Doenças como rubéola, caxumba e meningite podem afetar o desenvolvimento ou a função do sistema auditivo.
  • Envelhecimento (presbiacusia): Com o passar dos anos, ocorre um desgaste natural das estruturas auditivas, levando a uma perda auditiva progressiva, geralmente de alta frequência.
  • Trauma acústico: Explosões ou impactos de alta intensidade podem causar lesões irreversíveis no sistema auditivo.
  • Ototoxicidade: Certos medicamentos, como alguns antibióticos e quimioterápicos, podem ser tóxicos para as células da orelha interna, resultando em perda auditiva.

2. Deficiência Auditiva Condutiva:

Ao contrário da neurossensorial, a deficiência auditiva condutiva resulta de uma obstrução na transmissão do som até a orelha interna. O problema reside na orelha externa ou média, impedindo que as vibrações sonoras alcancem a cóclea adequadamente.

As causas mais comuns incluem:

  • Cerume impactado: Acúmulo excessivo de cera no canal auditivo externo bloqueia a passagem do som.
  • Otite média: Infecção do ouvido médio que causa inflamação e acúmulo de líquido, dificultando a vibração dos ossículos (martelo, bigorna e estribo).
  • Perfuração da membrana timpânica: Rompimento do tímpano, geralmente devido a traumas ou infecções.
  • Otosclerose: Doença que causa o crescimento anormal do osso no ouvido médio, afetando a mobilidade dos ossículos.

3. Deficiência Auditiva Mista:

Como o nome sugere, a deficiência auditiva mista é uma combinação dos dois tipos anteriores. O indivíduo apresenta problemas tanto na condução do som (orelha externa ou média) quanto na percepção (orelha interna ou nervo auditivo). Essa condição pode ser resultado de uma combinação de fatores ou da progressão de uma deficiência condutiva para uma mista.

Conclusão:

A compreensão dos diferentes tipos de deficiência auditiva é fundamental para o diagnóstico adequado e o desenvolvimento de estratégias de reabilitação personalizadas. A avaliação audiológica completa, incluindo a audiometria, é essencial para determinar o tipo e o grau de perda auditiva, permitindo a escolha do melhor tratamento e a maximização da qualidade de vida do indivíduo. É importante lembrar que cada caso é único e requer uma abordagem individualizada, considerando as necessidades e características de cada paciente.