Qual é a língua usada pelos surdos?

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A Língua Brasileira de Sinais (Libras) evoluiu a partir dos estudos de Huet e da observação dos sinais utilizados pela comunidade surda brasileira. Sua estrutura e gramática são próprias, diferenciando-se da língua portuguesa e constituindo-se como uma língua natural e completa. Libras é, portanto, a língua materna de muitos brasileiros surdos.

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Qual é a língua usada pelos surdos? A resposta não é tão simples quanto parece.

A língua usada pelos surdos não é uma só, variando conforme a cultura e a localização geográfica. No entanto, em contextos brasileiros, a língua predominante e oficial é a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A Libras, diferentemente de uma mera representação visual da língua portuguesa, é uma língua completa e estruturada com sua própria gramática, vocabulário e sintaxe. Ela evoluiu a partir de interações e experiências da comunidade surda brasileira, com base nos estudos pioneiros de pesquisadores como Huet, que se debruçaram sobre a necessidade de uma língua própria e expressiva para os surdos. Sua origem não se resume a adaptações ou traduções visuais, mas a um processo autônomo de desenvolvimento linguístico.

É importante entender que a Libras não é uma “linguagem gestual” ou um conjunto de gestos para representar as palavras do português. Ela possui sua própria lógica e estrutura, com diferentes formas de expressar conceitos, indicar tempo, demonstrar emoções e construir frases complexas. A riqueza e a precisão da Libras permitem uma comunicação fluida e abrangente, sem a necessidade de tradução literal, sendo uma língua materna para muitos surdos brasileiros.

A Libras, portanto, não é uma versão visual do português, mas uma língua independente, que desempenha um papel crucial na vida de milhões de brasileiros surdos, proporcionando-lhes um meio completo de comunicação, expressão e construção de identidade. Ignorar a Libras é ignorar uma forma genuína de comunicação e expressão cultural.