Qual é a linguagem predominante no texto argumentativo?

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Desvendando a Linguagem da Persuasão: A Voz do Argumento

A argumentação se expressa primordialmente através da norma culta, buscando clareza e precisão. Prioriza-se uma linguagem impessoal e objetiva, focada na apresentação lógica das ideias e na força dos argumentos. Evita-se, portanto, a subjetividade em prol da construção de um discurso racional e convincente, que visa persuadir o leitor.

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Desvendando a Linguagem da Persuasão: A Norma Culta como Pilar da Argumentação Eficaz

A eficácia de um texto argumentativo reside, em grande parte, na escolha cuidadosa da linguagem empregada. Enquanto diversos estilos e registros podem ser explorados em outros gêneros textuais, o texto argumentativo, por sua natureza persuasiva, encontra na norma culta da língua portuguesa seu principal alicerce. Mas essa afirmação não significa a exclusão total de outras possibilidades; trata-se, antes, de uma preferência estratégica, orientada para a construção de um discurso objetivo, preciso e convincente.

A escolha pela norma culta não é arbitrária. Ela garante a clareza e a precisão necessárias para a transmissão eficaz das ideias. A utilização de um vocabulário rico e adequado ao contexto, a sintaxe formal e a coesão textual rigorosa contribuem para a construção de um raciocínio lógico e inquestionável, essencial para persuadir o leitor. A impessoalidade, frequentemente alcançada por meio do uso da terceira pessoa do singular e da voz passiva, reforça a objetividade do argumento, evitando que a subjetividade do autor comprometa a validade da argumentação.

Entretanto, a afirmação de que a norma culta é a linguagem predominante em textos argumentativos não implica em sua utilização monolítica. A flexibilidade é uma ferramenta importante para atingir diferentes públicos e objetivos. Em determinados contextos, a incorporação de elementos da linguagem coloquial ou informal, usados com parcimônia e de forma estratégica, pode tornar a argumentação mais acessível e impactante, principalmente se o público-alvo possuir familiaridade com esse tipo de linguagem. O importante é que o uso de tais elementos esteja a serviço da persuasão, sem comprometer a clareza e a solidez do raciocínio.

A escolha lexical também desempenha um papel crucial. Termos técnicos, dados estatísticos e citações de especialistas podem conferir credibilidade e sustentar a argumentação, enquanto a utilização de figuras de linguagem, como metáforas e analogias, bem empregadas, podem tornar o texto mais envolvente e persuasivo, sem sacrificar a precisão.

Em resumo, a linguagem predominante em um texto argumentativo eficaz é a norma culta, utilizada como base para a construção de um discurso objetivo, claro e preciso. No entanto, a flexibilidade e a capacidade de adequar a linguagem ao público-alvo, sem sacrificar a coerência e a força da argumentação, são fatores essenciais para o sucesso da persuasão. A chave está no equilíbrio entre formalidade e impacto, entre precisão e envolvimento, a fim de construir um texto argumentativo que seja, ao mesmo tempo, rigoroso e persuasivo.