Quando usar letra maiúscula nas frases?

Porque letras maiúsculas iniciam frases?

A tarde caía, um amarelo sujo manchando o céu de Brasília. Lembro do cheiro de ipê na rua, aquele perfume doce e quase enjoativo. As letras maiúsculas, elas gritam. Um grito silencioso, porém inegável. Um ponto de partida, um novo começo, como um suspiro antes de mergulhar em um mar de palavras. Como o primeiro acorde de uma sinfonia, anuncia a chegada de algo novo, uma nova ideia, uma nova jornada.

Era assim que minha avó me ensinou, lá em Minas, num tempo em que as tardes eram mais longas e as conversas, mais pausadas. Ela, com seus dedos grossos e calejados, me mostrando a diferença entre o minúsculo e o majestoso, a força discreta da capitalização. A diferença entre “gato” e “Gato”. Um gato qualquer, um gato especial, quase sagrado. Maiúsculas: um sinal de respeito, de destaque, uma moldura para o que importa.

Naquele tempo, as regras da gramática eram sagradas, quase religiosas. Cada vírgula, cada ponto final, um ritual antigo, repetido incansavelmente. A capitalização, ah, a capitalização! Era uma chave, abrindo portas para mundos complexos e infinitos, onde o significado fluía entre parágrafos e pontuação.

• Início de frase: Claramente a função mais óbvia. Ajuda a organizar o fluxo da leitura e a clareza.
• Nomes próprios: Respeito à individualidade, à singularidade. Um nome, um universo.
• Siglas: Um atalho, uma abreviação, mas que não deixa de exigir seu espaço, sua majestade.

Essa memória me volta agora, como um eco distante, uma lembrança turva, mas persistente. O cheiro de ipê continua forte, na minha lembrança. As letras maiúsculas, símbolos visíveis de uma ordem invisível. Um ato de fé na escrita. Um pequeno gesto, uma grande importância. A gramática, a minha gramática, a gramática da minha avó.

Quando colocar letra maiúscula no meio da frase?

Nossa, que pergunta difícil! Lembro de ter sofrido com isso na escola, lá pelos meus 12 anos, em 2005, no Colégio São José, em Ituiutaba – MG. A professora, a Dona Maria, era super chata com isso! Me dava uns cascudos se eu errasse! Sério! Ainda lembro daquela sensação de pavor quando ela passava pela minha carteira… meu coração batia tão forte! Era uma tortura!

Mas vamos lá, o que eu aprendi e que ainda me serve:

• Nomes próprios: Maria, Brasil, Segunda Guerra Mundial. Fácil, né? A gente nunca esquece.

• Títulos: Preciso prestar mais atenção nisso, confesso. Acho que aprendi, mas esqueci. Mas sei que coisas como “Sua Excelência” ou “Senhor Presidente” levam maiúscula. Isso eu lembro de ter decorado na época.

• Deus: Senhor, Deus, Pai Celestial… tudo maiúsculo. Era um dos pontos que mais me davam medo de errar.

• Pontos cardeais: Norte, Sul, Leste, Oeste. Só quando escritos por extenso. Essa regra eu quase nunca esquecia.

• Depois de dois-pontos: Aí que tava o X da questão! A Dona Maria batia muito em quem errava! Mas a regra é simples: a primeira palavra após os dois pontos sempre em maiúscula. Tipo: “A verdade é: Ele mentiu.” Ainda me lembro da bronca que levei por colocar “ele” minúsculo…

Acho que é isso… me esqueci de alguma coisa? Tenho que olhar meu caderno antigo para ter certeza… Mas acho que abordei as principais regras, né? Ainda bem que hoje em dia tem o corretor ortográfico pra me salvar! hahaha

Quando usar letra maiúscula no meio da frase?

Nomes. Sobrenomes. Títulos.

• Nomes próprios exigem letra maiúscula. Humanos, animais, lugares.

• Títulos que precedem nomes (Dr., Sr., etc.). Formalidade. Respeito. Distância.

• No mais, minúsculas reinam. Simplicidade. Eficiência. Sem floreios. A regra é clara.