Quantos tipos de latim existem?

Quais são as línguas romanas?

São três da manhã, e a cabeça não para. Pensando nessas línguas… Latim, a raiz de tudo, né? Uma árvore imensa, com galhos que se espalharam por séculos.

Lembro da aula de história, a professora falando sobre o Império Romano, como o latim se tornou a língua oficial, e depois… a fragmentação. Oito sobreviventes, pelo menos é o que dizem as estatísticas mais recentes do Ethnologue: italiano, francês, espanhol, português, catalão, galego, romeno e provençal. Um peso na consciência, pensar em todas as outras que se perderam no tempo.

Meu avô falava galego, uma língua tão doce, quase um sussurro. Ele morreu ano passado, e ainda sinto a falta daquela melodia, daquela outra forma de contar histórias. As palavras dele, um tesouro perdido junto com ele. Acho que isso me afeta mais do que eu gostaria de admitir.

Essa lista de oito línguas românicas… elas vivem, evoluem. Mas o dalmático, coitado… Extinto. Sei lá, me dá uma certa tristeza pensar nisso, um pedaço da história sumindo, sem deixar quase nenhum vestígio, além dos livros antigos. O dalmático, uma língua morta, uma lembrança apagada. Talvez se eu tivesse aprendido mais sobre ele quando era mais jovem, as coisas seriam diferentes…

É estranho, né? Como uma língua pode desaparecer assim? Deixa um vazio, uma lacuna na memória coletiva. É como se uma estrela tivesse morrido, apagando sua luz pra sempre. Acho que vou dormir, preciso parar de pensar nisso. Amanhã tem que ser um dia produtivo, e essa melancolia não ajuda.