São exemplos de vícios de linguagem?

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Sim, subir para cima, descer para baixo, entrar para dentro e sair para fora são exemplos clássicos de pleonasmo, um vício de linguagem que consiste na repetição desnecessária de uma ideia já expressa. Outros vícios comuns incluem ambiguidade, cacofonia, eco, gerundismo e barbarismo. Evitar esses vícios aprimora a clareza e a concisão da comunicação.
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Desvendando os Vícios de Linguagem: Armadilhas da Comunicação Eficaz

Comunicar-se com clareza e precisão é uma arte que exige atenção e cuidado. No entanto, o caminho para a expressão ideal pode ser cheio de armadilhas, os chamados vícios de linguagem. Esses desvios, muitas vezes sutis, comprometem a mensagem, dificultando a compreensão e, em alguns casos, até mesmo gerando ruídos na comunicação.

Um dos vícios mais facilmente identificáveis é o pleonasmo, também conhecido como redundância. Expressões como subir para cima, descer para baixo, entrar para dentro e sair para fora são exemplos gritantes. A redundância reside no fato de que os verbos subir, descer, entrar e sair já carregam implicitamente a ideia de direção (para cima, para baixo, para dentro e para fora, respectivamente). Utilizar esses complementos direcionais é, portanto, desnecessário e enfraquece a frase.

Mas o pleonasmo é apenas a ponta do iceberg. A riqueza da língua portuguesa esconde outros vícios de linguagem que merecem nossa atenção. A ambiguidade, por exemplo, ocorre quando uma frase permite múltiplas interpretações, gerando confusão no receptor. A falta de clareza na construção frasal, o uso inadequado de pronomes e a ausência de informações contextuais são fatores que contribuem para a ambiguidade.

A cacofonia, por sua vez, é um vício de sonoridade. Ela acontece quando a junção de duas palavras produz um som desagradável ou mesmo constrangedor. Frases como A boca dela ou Vi ela podem causar estranheza e desviar a atenção do conteúdo da mensagem.

Outro vício relacionado à sonoridade é o eco. Ele ocorre quando há repetição excessiva de sons semelhantes em um curto espaço de tempo. Essa repetição pode ser cansativa para o ouvinte ou leitor e comprometer o ritmo e a fluidez da comunicação.

O gerundismo, um vício que tem ganhado notoriedade, consiste no uso excessivo e inadequado do gerúndio, especialmente em situações que exigem ações imediatas ou futuras. Frases como Vou estar transferindo sua ligação ou Estaremos enviando o produto em breve soam artificiais e podem indicar indecisão ou falta de assertividade.

Por fim, o barbarismo representa o desvio das normas gramaticais da língua portuguesa. Ele pode se manifestar através da pronúncia incorreta de palavras, do uso de estrangeirismos desnecessários ou da aplicação inadequada de regras de concordância e regência.

Dominar a língua portuguesa é um processo contínuo de aprendizado e aprimoramento. Estar ciente dos vícios de linguagem e dedicar-se a evitá-los é fundamental para construir uma comunicação mais eficaz, clara e elegante. Ao eliminar esses ruídos, garantimos que a mensagem chegue ao receptor da forma mais precisa e impactante possível, fortalecendo a conexão entre emissor e receptor e promovendo um diálogo mais rico e produtivo. A prática constante da leitura e da escrita, aliada à consulta frequente a dicionários e gramáticas, são ferramentas valiosas para nos proteger contra essas armadilhas e aprimorar nossas habilidades comunicativas.

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