Quando devemos usar o subjuntivo?

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O subjuntivo expressa incerteza, dúvida e condição, diferenciando-se do indicativo por sua natureza hipotética. Sua ocorrência é frequente em orações subordinadas, dependendo sintaticamente de um verbo principal para adquirir significado completo, contrastando com a assertividade do indicativo. A incerteza inerente ao subjuntivo o torna essencial para expressar desejos, hipóteses e possibilidades.

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Quando Devemos Usar o Subjuntivo?

O subjuntivo, um dos modos verbais em português, expressa incerteza, dúvida, possibilidade e desejo, contrastando com a certeza e a realidade do modo indicativo. Sua utilização, frequentemente em orações subordinadas, pode parecer complexa, mas com um pouco de compreensão, sua aplicação correta se torna mais intuitiva.

Principais contextos de uso do subjuntivo:

  • Orações subordinadas introduzidas por conjunções subordinativas: Conjunções como “que”, “se”, “a fim de que”, “embora”, “para que”, “como se”, “a menos que”, “a não ser que”, “caso”, “antes que”, “apesar de que”, “ainda que”, “porque (em sentido de finalidade)”, entre outras, frequentemente exigem o subjuntivo. É fundamental analisar o sentido da oração principal para determinar se a ideia expressa é de certeza ou incerteza.

    • Exemplo de incerteza: “Espero que chova amanhã.” (Desejo, incerteza sobre a chuva).
    • Exemplo de finalidade: “Estudamos para que possamos passar no exame.” (Finalidade, incerteza sobre a aprovação).
    • Exemplo de condição: “Se eu tivesse mais tempo, viajaria para a Europa.” (Hipótese, impossibilidade no presente).
  • Expressões que indicam desejo, vontade, ordem, pedido, recomendação, sugestão, etc.: Verbos como “desejar”, “querer”, “ordenar”, “pedir”, “recomendar”, “sugerir” geralmente pedem o subjuntivo em suas orações subordinadas.

    • Exemplo: “O professor sugeriu que todos fizessem o trabalho em grupo.” (Sugestão, incerteza quanto à ação).
    • Exemplo: “Quero que você me ajude com isso.” (Desejo, incerteza quanto à ação).
  • Orações subordinadas com verbos de opinião, sentimento, crença, dúvida, percepção: Verbos como “achar”, “julgar”, “pensar”, “acreditar”, “duvidar”, “perceber”, “imaginar”, “saber”, “constatar”, “ouvir”, “encontrar” frequentemente pedem o subjuntivo quando a opinião expressa não é categórica, mas sim, uma avaliação subjetiva.

    • Exemplo: “Acredito que você terá sucesso.” (Crença, incerteza sobre o sucesso).
    • Exemplo: “Ele duvidava que ela fosse capaz.” (Dúvida, incerteza sobre a capacidade).
  • Orações subordinadas com verbos que indicam necessidade, importância, conveniência, obrigatoriedade: Embora alguns verbos possam exigir o indicativo em certos contextos, em geral, verbos como “é necessário”, “é importante”, “é conveniente”, “é preciso”, “é bom”, em orações subordinadas, pedem o subjuntivo, quando a ideia é de necessidade, importância, conveniência ou obrigatoriedade para outra pessoa ou situação, e não uma constatação factual.

    • Exemplo: “É importante que todos estudem para o exame.” (Necessidade, importância para que algo aconteça).

Importância da análise do contexto:

A escolha entre o subjuntivo e o indicativo depende fortemente do contexto da frase. É crucial entender a relação entre a oração principal e a subordinada, a intenção do falante e o significado da ideia expressa.

Conclusão:

O subjuntivo, embora possa parecer complexo, expressa nuances importantes de incerteza, dúvida e subjetividade na língua portuguesa. A prática e a análise cuidadosa das orações são fundamentais para o seu domínio e uso correto. Lembre-se que o contexto é crucial para a escolha entre o subjuntivo e o indicativo.