Em que grupo farmacológico pertence a ocitocina?

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A ocitocina integra o grupo farmacológico dos ocitócicos, fármacos que induzem a contração uterina. Sua ação mimetiza a ocitocina endógena, hormônio hipofisário, estimulando contrações uterinas rítmicas, tanto durante como após o parto, auxiliando na expulsão fetal e placentária.

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A ocitocina pertence ao grupo farmacológico dos ocitócicos, também conhecidos como uterotônicos. Esses fármacos agem estimulando a contração da musculatura uterina, mimetizando os efeitos da ocitocina endógena, um hormônio nonapeptídeo produzido no hipotálamo e armazenado na neuro-hipófise.

Embora classificada primariamente como ocitócico/uterotônico, a ocitocina também pode ser categorizada farmacologicamente de outras maneiras, dependendo do contexto de sua utilização e dos seus efeitos observados. Por exemplo:

  • Hormônios neuro-hipofisários: A ocitocina, juntamente com a vasopressina (hormônio antidiurético – ADH), compõe esse grupo de hormônios produzidos no hipotálamo e liberados pela neuro-hipófise. Essa classificação destaca sua origem e relação com outros hormônios dessa glândula.

  • Agentes lactogênicos: A ocitocina desempenha um papel crucial na lactação, estimulando a ejeção do leite materno em resposta ao estímulo de sucção do bebê. Portanto, em situações onde é utilizada para promover a liberação do leite, pode ser classificada nesse grupo.

  • Neuromoduladores: Evidências crescentes demonstram o papel da ocitocina como neuromodulador, influenciando comportamentos sociais, como vínculo afetivo, empatia e comportamento maternal. Apesar dessa classificação não ser diretamente relacionada ao seu uso farmacológico tradicional, é importante reconhecer sua atuação no sistema nervoso central.

Assim, a classificação da ocitocina como ocitócico destaca sua principal ação farmacológica: a indução da contração uterina. No entanto, entender suas outras classificações e seus efeitos em diferentes sistemas fisiológicos proporciona uma compreensão mais abrangente de sua complexidade e potencial terapêutico, que vai além da obstetrícia, abrangendo áreas como a psiquiatria e o tratamento da dependência química, ainda em fase de pesquisa. É importante ressaltar que o uso da ocitocina deve ser sempre supervisionado por um profissional de saúde, considerando suas indicações, contraindicações e potenciais efeitos adversos.