Quais são os sintomas da dislalia?
A dislalia se manifesta na infância, durante a aquisição da linguagem oral. Caracteriza-se por dificuldades na pronúncia correta de palavras, incluindo trocas de sons consonantais, substituições fonéticas e adição de letras, comprometendo a clareza da fala. A detecção precoce é crucial para intervenção adequada.
Desvendando os Sintomas da Dislalia: Mais que um Simples “Erro” na Fala
A dislalia, frequentemente confundida com um atraso simples na fala, é um distúrbio fonológico que afeta a articulação das palavras. Manifesta-se durante a fase de aquisição da linguagem oral, geralmente na infância, e caracteriza-se pela dificuldade em pronunciar corretamente determinados fonemas (sons da fala). É importante diferenciá-la de outros transtornos de linguagem, como a apraxia de fala, que envolve dificuldades motoras na programação dos movimentos para a fala, e o distúrbio fonológico, que afeta a organização dos sons no sistema linguístico.
Para entender melhor os sintomas da dislalia, é crucial observar que eles podem variar em intensidade e tipo, dependendo da criança e dos fonemas afetados. Não se trata apenas de “trocar letras”, mas de uma dificuldade persistente que impacta a inteligibilidade da fala. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
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Omitem sons: A criança pode simplesmente omitir certos sons, como falar “ato” em vez de “gato”, ou “cavalo” em vez de “cavalo”.
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Substituem sons: Um som pode ser substituído por outro, como “pala” em vez de “fala” (substituição de F por P), ou “tasa” em vez de “casa” (substituição de C por T). Essas substituições seguem padrões específicos e podem ser recorrentes.
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Distorcem sons: O som é produzido, mas de forma imprecisa, como um “R” fraco ou um “S” chiado lateralizado. A distorção pode dificultar a compreensão do que a criança está dizendo.
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Adicionam sons: A criança adiciona sons extras à palavra, como “pessoal” no lugar de “pessoa” ou “arvoreze” no lugar de “árvore”.
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Trocam a ordem dos sons: Em casos mais raros, a criança pode inverter a ordem dos sons dentro de uma sílaba ou palavra, como “alvo” em vez de “oval”.
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Dificuldades com grupos consonantais: Pronunciar palavras com dois ou mais sons consonantais juntos, como “prato”, “blusa” ou “flor”, pode ser um desafio para crianças com dislalia.
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Consciência fonológica prejudicada: A criança pode ter dificuldades para identificar, manipular e brincar com os sons da fala, o que pode afetar a leitura e a escrita posteriormente.
Além dos sintomas diretamente relacionados à pronúncia, a dislalia pode gerar consequências secundárias, como:
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Frustração e baixa autoestima: A dificuldade em se comunicar pode levar a frustração e insegurança, principalmente em situações sociais.
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Problemas de socialização: A criança pode evitar interações sociais por medo de ser incompreendida ou ridicularizada.
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Impacto no desempenho escolar: A dislalia pode afetar a aprendizagem da leitura e da escrita, e consequentemente, o desempenho escolar.
É fundamental lembrar que cada criança é única e a manifestação da dislalia pode variar. A avaliação por um fonoaudiólogo é essencial para o diagnóstico preciso e a definição de um plano de intervenção individualizado, visando o desenvolvimento de uma comunicação clara e eficiente. A detecção e intervenção precoces são fundamentais para minimizar as dificuldades e promover o desenvolvimento integral da criança.
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