Qual a diferença entre afasia de Broca e afasia de wernick?

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A principal diferença entre afasia de Broca e de Wernicke reside na compreensão e produção da linguagem.

  • Afasia de Broca: Dificuldade na produção da fala, fala não fluente, mas compreensão preservada. Consciência dos erros na fala.

  • Afasia de Wernicke: Fala fluente, mas sem sentido (geralmente). Compreensão comprometida. Falta de consciência dos erros.

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Afasia de Broca vs. Wernicke: Qual a diferença?

Cara, a diferença entre afasia de Broca e Wernicke é louca. Na de Broca, a pessoa entende tudo, mas falar é um sofrimento. Lembro de uma paciente minha, a Dona Maria, em 2018, no Hospital São José, em Lisboa. Ela sabia o que queria dizer, a frustração dela era visível, mas as palavras saíam aos trambolhões, curtas, esparsas. Era como se a chave não girasse na fechadura.

Já na Wernicke… nossa! É um mundo totalmente diferente. A pessoa fala, fala, fala, mas não faz sentido nenhum! É uma avalanche de palavras sem coesão. Uma vez, estava a fazer estágio num centro de reabilitação em Coimbra, em 2021, e uma senhora, com afasia de Wernicke, me contou uma história sobre um gato que voava para a Lua em cima de um pão. Incrível, mas ela falava com a maior naturalidade, sem perceber a loucura daquilo tudo. A falta de consciência do erro é impressionante, quase assustadora. O custo do tratamento, aliás, era bem alto, cerca de 2000 euros mensais para uma terapia intensiva. Esse detalhe me marcou, a diferença de tratamento e recursos disponíveis.

Resumindo: Broca – dificuldade de falar, compreensão preservada. Wernicke – fala fluente, sem sentido, sem percepção do erro.

Qual é a característica principal da afasia de broca?

A tarde caía sobre o rio, um vermelho quase sanguinolento pintando as águas paradas. Lembro daquela vez, no consultório, o silêncio pesado, interrompido apenas pela respiração ofegante do Sr. Pereira. Ele lutava contra as palavras, cada sílaba uma batalha travada em algum recanto obscuro da sua mente. A principal característica da afasia de Broca? A agonia da expressão. A incapacidade de articular, de traduzir o turbilhão de pensamentos em sons, em frases completas.

Era como ver um pássaro ferido, as asas quebradas, incapaz de alcançar o voo livre. A frustração estampada no seu rosto, um espelho da tormenta interior. Ele tentava, Deus sabe como tentava, mas as palavras saíam tortas, incompletas, como um desenho infantil mal acabado. A agonia era palpável. Uma opressão no peito, a sensação de estar preso em um casulo de silêncio.

Os momentos eram curtos, dolorosos. Sua luta era uma luta minha também, naquela sala fria e opressiva. Via nele, refletido, a fragilidade da linguagem, a tenacidade da mente que persiste mesmo quando aprisionada. Minhas notas, garranchos desesperados em um bloco de anotações, tentavam capturar a dimensão da sua dificuldade, a sua aflição. E lá, naquele papel, a resposta, brutal e concisa: dificuldade na produção da fala.

  • Dificuldade na fluência verbal;
  • Frases curtas e agramáticas;
  • Compreensão preservada (em muitos casos);
  • Esforço visível na articulação.

Aquele crepúsculo, as cores sangrentas do céu, o peso daquela tarde permanecem comigo. A memória do Sr. Pereira, a sua luta silenciosa, a marca indelével da afasia de Broca. Uma lembrança que ecoa, um som silencioso, rouco, a própria afasia encarnada.

Qual a principal diferença entre a afasia de Broca e de Wernicke?

Lembro de um estágio que fiz em 2023, no Hospital das Clínicas. Era julho, um calor infernal em São Paulo. Na neurologia, acompanhei um caso de AVC que me marcou. O paciente, seu João, tinha afasia. Mas qual? Broca ou Wernicke? Meio perdido, peguei o prontuário, repassei a aula de semiologia… Seu João falava pelos cotovelos, mas não dizia coisa com coisa. “Cadê a chave do carro azul voando tomate árvore.” Juro, era mais ou menos isso. Ele claramente não entendia o que a gente perguntava. Frustrado, ficava agitado. Anotei tudo no meu caderninho surrado.

  • Afasia de Wernicke: Seu João era o típico caso. Falava fluentemente, com ritmo e entonação normais. Mas a salada de palavras, sem nexo nenhum, entregava o diagnóstico. A compreensão da linguagem estava comprometida. Área afetada: lobo temporal.

  • Afasia de Broca: Lembro de outro paciente, dona Maria. Era o oposto. Quase não conseguia falar. Entendia tudo, mas as palavras não saíam. Uma luta. Arrastava as sílabas com muito esforço. Me dava uma angústia. Área afetada: lobo frontal.

Diferença principal entre Afasia de Broca e Wernicke: comprometimento da fluência da fala (Broca) versus comprometimento da compreensão da linguagem (Wernicke).

São características da afasia?

A afasia… a palavra soa tão fria, tão distante do que realmente é. Me lembra do meu tio, ele sumiu atrás daquela máscara de palavras incompletas, de expressões perdidas… quase como se um véu opaco caísse sobre a sua mente.

Características principais que vi nele:

  • Dificuldade na fala: As palavras não saíam, tropeçavam umas nas outras, uma luta silenciosa e desesperadora. Ele tentava, Deus sabe como ele tentava, mas as frases ficavam incompletas, embaralhadas. 2023 foi um ano difícil para todos nós, mas para ele, especialmente.

  • Dificuldade na compreensão: Às vezes, eu falava e ele me olhava com aqueles olhos tão tristes, tão perdidos. A compreensão parecia se esvair, como areia pelos dedos. As conversas eram cansativas, cheias de frustração para ambos os lados.

  • Repetição de palavras ou frases: Ele se agarrava a algumas palavras, repetia-as incansavelmente, como se fossem um bote salva-vidas num mar de confusão. Era angustiante, como assistir um naufrágio lento e doloroso.

Lembro dos momentos em que ele conseguia articular alguma coisa, uma fagulha de lucidez atravessando a névoa. Eram momentos raros, preciosos, mas a dor da perda da sua forma de se comunicar, era constante. A afasia… roubou a voz dele, aos poucos. É uma doença cruel.

Qual é a característica principal da afasia de Broca?

Afasia de Broca: dificuldade em formar palavras. Compreensão intacta. Fala e escrita comprometidas. Frustração intensa.

  • Fala não fluente: Palavras curtas, agramáticas. Esforço perceptível.
  • Agrafia: Escrita imitando a fala fragmentada. Dificuldade similar.
  • Compreensão preservada: Entendem o que ouvem e leem, mas não conseguem se expressar. Lembro de um paciente que conseguia jogar xadrez, estratégia complexa, mas pedia água apontando e soltando sons isolados. Frustrante. A dissonância entre pensamento e expressão é palpável.
  • Localização: Lobo frontal esquerdo, geralmente por AVC. Área de Broca, essencial para a produção da linguagem. Vi imagens de ressonância com a lesão nítida, pequena, mas devastador. Impacto profundo.
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