Qual o remédio mais usado para déficit de atenção?

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Para indivíduos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o metilfenidato geralmente lidera as prescrições. Considerado o tratamento inicial padrão, ele age auxiliando na concentração e no controle do impulso. No Brasil, é encontrado sob diversas marcas, como Ritalina®, Ritalina® LA e Concerta®, facilitando o acesso ao tratamento medicamentoso.

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Além da Ritalina: Uma Visão Expandida sobre Medicamentos para TDAH no Brasil

A busca por um tratamento eficaz para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma jornada individual e complexa. Embora o metilfenidato, com suas variações como Ritalina®, Ritalina® LA e Concerta®, seja frequentemente o primeiro passo, é crucial entender que ele não é a única opção disponível no mercado brasileiro, nem necessariamente a mais adequada para todos. Este artigo busca ampliar a discussão, explorando alternativas e nuances do tratamento medicamentoso para TDAH.

A Popularidade do Metilfenidato: Por quê?

A predominância do metilfenidato na prescrição para TDAH se justifica por sua longa história de uso e eficácia comprovada em muitos pacientes. Ele atua aumentando a disponibilidade de dopamina e noradrenalina no cérebro, neurotransmissores essenciais para a atenção, concentração e controle de impulsos. A facilidade de acesso, com diversas marcas e apresentações, também contribui para sua popularidade.

Mas o que acontece quando o Metilfenidato não é suficiente ou adequado?

É importante reconhecer que a resposta ao metilfenidato varia significativamente de pessoa para pessoa. Alguns indivíduos podem experimentar efeitos colaterais indesejados, como insônia, perda de apetite, ansiedade ou irritabilidade. Outros podem achar que a medicação não proporciona o alívio suficiente dos sintomas. Nestes casos, outras opções se tornam importantes.

Explorando as Alternativas Medicamentosas:

  • Lisdexanfetamina (Venvanse®): Este medicamento, também estimulante, é convertido em anfetamina no organismo, proporcionando um efeito mais prolongado e gradual do que o metilfenidato de curta duração. Pode ser uma boa opção para quem precisa de cobertura medicamentosa por um período mais extenso do dia ou para aqueles que experimentam picos e vales de efeito com o metilfenidato.

  • Atomoxetina (Strattera®): Diferente dos estimulantes, a atomoxetina não é uma substância controlada e atua como um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina. Ela pode ser uma alternativa para pacientes com histórico de abuso de substâncias ou para aqueles que preferem evitar os efeitos colaterais associados aos estimulantes. Sua ação é mais gradual, exigindo algumas semanas para que seus efeitos sejam plenamente observados.

  • Guanfacina (Intuniv®): Este medicamento, originalmente utilizado para tratar hipertensão, tem se mostrado eficaz no tratamento de alguns sintomas do TDAH, principalmente a hiperatividade e impulsividade. Ele age modulando a atividade de receptores alfa-2 adrenérgicos no cérebro, ajudando a regular a atenção e o comportamento.

Além dos Medicamentos: Uma Abordagem Multimodal

É fundamental enfatizar que a medicação é apenas uma parte do tratamento para TDAH. Uma abordagem multimodal, que inclui terapia comportamental, orientação familiar, acompanhamento psicopedagógico (quando necessário) e modificações no estilo de vida, como dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é essencial para maximizar os benefícios e promover o bem-estar geral do paciente.

A Importância da Individualização do Tratamento:

Não existe uma “receita de bolo” para o tratamento do TDAH. A escolha do medicamento, a dose e a combinação com outras terapias devem ser individualizadas, levando em consideração a idade do paciente, a gravidade dos sintomas, a presença de outras condições médicas, os efeitos colaterais e a resposta individual ao tratamento.

A Busca pelo Profissional Adequado:

O acompanhamento médico é crucial para o diagnóstico e tratamento do TDAH. É importante procurar um profissional qualificado, como um psiquiatra, neurologista ou neuropediatra, com experiência no tratamento do transtorno. Este profissional poderá avaliar o paciente de forma abrangente, indicar o tratamento mais adequado e monitorar sua evolução ao longo do tempo.

Em Conclusão:

O tratamento medicamentoso para TDAH é uma ferramenta importante, mas não é a única. O metilfenidato é frequentemente o primeiro passo, mas é crucial explorar outras opções e abordagens para garantir que o tratamento seja eficaz e individualizado. A combinação de medicamentos, terapia e modificações no estilo de vida, sob a supervisão de um profissional qualificado, é a chave para o sucesso no manejo do TDAH e para uma vida mais plena e produtiva.