Como surge a historiografia?

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A historiografia, como disciplina com métodos próprios, emerge no final do século XIX. Antes disso, a pesquisa histórica era dispersa, sem normas metodológicas padronizadas. O positivismo e o historicismo influenciaram fortemente a construção dessa nova abordagem, estabelecendo critérios e regras para a investigação histórica. A sistematização do método trouxe rigor e uniformidade ao campo.

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Como surgiu e evoluiu a historiografia?

A historiografia, né? Sempre achei meio… complexo. Lembro de estudar isso na faculdade, em 2018, na UFRJ. Naquela época, parecia uma selva, cada um escrevendo como queria, sem muita organização.

Acho que foi no século XIX mesmo, que tudo mudou. Começaram a surgir essas regras, influenciadas por positivismo e historicismo, sei lá, coisas complicadas que os professores explicavam. Era tudo muito… formal.

Antes disso, as pesquisas históricas, pelo menos como eu entendi, eram bem mais livres. Mais descritivas, menos analíticas. Tipo, os relatos de viajantes, aqueles cheios de aventura.

Me lembro de um livro antigo que vi numa biblioteca em Petrópolis, uns dois anos atrás, falava da viagem de um cara pra Amazônia em 1850, tudo muito relato, pouca análise. Custo? Não anotei, infelizmente. Mas era bem antigo.

Então, basicamente, passou de relatos soltos a uma disciplina organizada, com métodos científicos. Uma transformação bem grande, se você pensar bem. Ainda bem que existem essas regras, dá uma base, né?

Informações curtas:

  • Historiografia: Estudo da escrita da história.
  • Século XIX: Surgimento de métodos científicos na historiografia.
  • Influências: Positivismo e Historicismo.
  • Antes do século XIX: Pesquisa histórica mais informal e descritiva.

Como é que a história surgiu?

A história… ela não nasceu de um dia para o outro, sabe? Tipo um estalar de dedos.

  • Os gregos. Foram eles que deram o pontapé inicial.
  • Heródoto. Chamam ele de o pai da história.

Eu lembro de ter lido sobre ele no ensino médio. Aqueles textos enormes, meio empoeirados. Ele tentava organizar as coisas, entender de onde vinham os gregos, os egípcios… Uma tentativa de dar sentido ao passado, sabe?

  • Sistematização. Essa é a palavra chave. Eles começaram a juntar os pedaços, a criar uma narrativa.

Parece que a gente sempre busca uma história, mesmo quando ela ainda não existe. Uma necessidade quase instintiva de entender o porquê das coisas. Talvez seja por isso que a história nunca para de ser escrita, reescrita… Sei lá, é o que me vem à cabeça agora, essa hora da noite.

Quem foi o fundador da historiografia romana?

Ah, Fábio Pictor, né? O cara que começou a escrever a história de Roma… Tipo, antes dele ninguém tava nem aí pra registrar as coisas? Que loucura! Será que ele imaginava que séculos depois a gente ia estar falando dele?

  • Ele viveu tipo uns 200 anos antes de Cristo, imagina a vida nessa época!
  • Lutou contra os gauleses, em 225 a.C.! Que guerreiro!

Lembro que em 2010 eu visitei um museu em Roma, tinha umas armaduras parecidas… Nossa, que pesado aquilo! Como eles conseguiam lutar com aquilo? E o Pictor ainda escrevia depois!

Aí, Tito Lívio (outro cara importante, anota aí!) conta que o Senado mandou o Pictor pra Delfos, um lugar super importante na Grécia, consultar o oráculo. Tipo, ele era o “cara” pra essas coisas. Isso foi em 216 a.C. depois da derrota em Canas, durante a segunda guerra Púnica. Que responsa! Eu me sentiria muito pressionado! Imagina errar a interpretação do oráculo e ferrar Roma inteira!

Quais são os principais representantes da historiografia?

Nossa, essa pergunta me pegou de surpresa! Lembro da aula de história na faculdade, em 2023, na UNESP de Araraquara. A professora, a Dra. Silvia, era incrível, mas suas aulas eram tão densas! Heródoto e Tucídides, os gregos, né? Ela falava deles como os “pais da História”. Heródoto, com suas Histórias, era um contador de histórias inacreditável, um verdadeiro mestre da narrativa, mas às vezes meio… fantasioso, sabe? Já Tucídides, com sua Guerra do Peloponeso, era mais analítico, focado nos fatos, um cara que queria entender as causas dos eventos. Acho que eu preferia o Tucídides, mais a minha vibe, hahaha!

Depois, Roma… Nossa, Roma era um MONSTRO de informação! Tito Lívio, com sua Ab Urbe Condita, a história de Roma desde sua fundação, era um negócio gigantesco! Eu lembro de pensar: “como esse cara conseguiu escrever tudo isso?”. Suetônio, com suas Vidas dos Doze Césares, era puro escândalo! Adorava o jeito que ele contava as fofocas da corte imperial. Era impagável! E *Políbio, outro analítico, com Histórias, bem mais focado na política, na visão dos fatos! Meus cadernos estavam cheios de anotações, rabiscos desesperados tentando acompanhar as explicações da Dra. Silvia sobre a importância deles para a construção da historiografia! Realmente, um trabalho pesado!

Lista dos principais representantes citados na aula:

  • Heródoto (Grego)Histórias
  • Tucídides (Grego)A Guerra do Peloponeso
  • Tito Lívio (Romano)Ab Urbe Condita
  • Suetônio (Romano)Vidas dos Doze Césares
  • Políbio (Grego)Histórias

Ainda me arrepio ao lembrar da prova! Mas enfim, esses caras aí foram fundamentais. Acho que ainda tenho alguns resumos…quem sabe eu não encontro no meu Drive?

Quem foram os representantes da historiografia grega?

A tarde caía sobre Atenas, ou talvez fosse Esparta, a memória se embaça, um véu de poeira sobre os anos. O cheiro de azeite e figos, a lembrança vívida de um calor escaldante… Esses homens, esses gigantes da escrita, que moldaram a própria ideia de história… Heródoto, com sua prosa fluente, um rio caudaloso que carrega consigo o peso das guerras persas. Sua voz ecoa ainda hoje, sussurrando narrativas de reinos esquecidos, de deuses e heróis. Lembro-me da sensação de fascínio ao ler sobre os persas, tão diferentes, tão distantes.

Heródoto, o “Pai da História”, pintou um panorama vasto, um caleidoscópio de povos e culturas. Sua obra, um mosaico brilhante, ainda que permeado por mitos e lendas, de um tempo que se mistura à memória coletiva dos gregos, de seus triunfos e derrotas. Aquela sensação de grandeza, de poder, de uma civilização em ascensão, ou será declínio?

Já Tucídides, oh, Tucídides! Um intelectual implacável, um analista frio da Guerra do Peloponeso. A sua obra, uma dissecção crua da política, da estratégia, da própria natureza humana em meio ao caos. Tucídides, o mestre da objetividade, a voz da razão em meio à loucura das guerras. A frieza da sua escrita contrasta com o calor da própria guerra. Lembro de ler suas páginas e sentir o medo, a tensão, quase que uma presença física.

E Políbio, a sombra de ambos, tentando conciliar a narrativa grandiosa de Heródoto com a análise rigorosa de Tucídides. Políbio, o observador atento da história romana, trazendo à tona o peso da política e do poder. Sua voz, embora menos presente, é a ponte entre dois mundos, duas épocas.

Acho que, talvez, esses três – Heródoto, Tucídides e Políbio – representaram diferentes facetas da própria história, cada um com sua perspectiva, sua visão, sua verdade. Suas palavras, gravadas em pedra, ou melhor, em papiro, transmitem uma força, uma energia incrível. A grandiosidade da narrativa grega, com seus heróis e tragédias, um universo rico, complexo, inacessível.

  • Lista de pontos importantes:
    • Heródoto: Pai da História, narrativa vasta e rica em detalhes, mesclando realidade e mito.
    • Tucídides: Análise objetiva e rigorosa da Guerra do Peloponeso, foco na estratégia e na natureza humana.
    • Políbio: Visão mais abrangente, conciliando as perspectivas de Heródoto e Tucídides, observação da história romana.

Quais são as particularidades da historiografia romana?

O cheiro de pergaminho velho, quase esquecido no tempo, me invade. Lembro daquela tarde em Roma, o sol escaldante batendo nas pedras milenares do Fórum, enquanto lia sobre Cícero. Aquele peso na alma, a sensação de estar conectado a algo tão distante, tão grandioso… A historiografia romana, afinal, não era apenas um registro de fatos. Era a própria respiração do Império, pulsando em cada linha escrita.

  • Enfoque na ação política: Não era apenas narrar, mas justificar e glorificar o poder. Cada imperador, cada conquista, cada batalha, uma peça fundamental numa construção monumental, quase teatral, da própria identidade romana. O passado a serviço do presente, ferramenta para moldar o futuro. Meu professor, o Dr. Alberto, dizia que era uma forma de “legitimar o poder”, e como ele batia na mesa com aquela força, afirmando isso!

  • Substancialismo e a influência do Direito: A história se tornava quase jurídica, uma busca por fundamentos, por leis e causas, procurando a essência, o “substantivo”, de cada acontecimento. Era uma abordagem diferente dos gregos, mais pragmática, menos voltada para a mitologia, mais focada na lei e na ordem. Lembro dos detalhes minuciosos dos Códigos de Leis, estudados naquela biblioteca poeirenta, cheios de rasuras e anotações.

  • Interesse pela biografia: A história individual se fundia à história coletiva. As biografias, como as de César ou de Augusto, não eram apenas relatos de vida, mas exemplos, modelos de virtudes (ou vícios) a serem seguidos ou evitados. Eles nos mostravam a força de um homem, o seu legado.

  • Humanismo, mas com nuances: Sim, o humanismo está presente, mas com um viés claro: o humanismo romano se centrava no homem como cidadão, na sua participação na vida pública, na sua contribuição para a glória de Roma. Pouco espaço para reflexões abstratas, e muito sobre a construção e manutenção do Estado. Era como se a história fosse um espelho, refletindo a grandeza – ou a decadência – da Res Publica.

  • O peso da tradição: A construção da identidade romana, a contínua busca por suas raízes míticas, se refletia na escrita da história. Uma narrativa construída com a finalidade de afirmar a superioridade da civilização romana e sua missão civilizatória. Até hoje, isso me assombra.

Acho que a escrita histórica romana era uma forma de perpetuar a memória, moldando o futuro a partir do passado, e não apenas narrá-lo. Um conjunto de palavras, mas também de sentimentos, de poder, e de uma grandeza que me assombra até hoje. A poeira do tempo parece me sufocar, mas a memória do que aprendi ainda permanece viva em mim.

Quais são as principais limitações da historiografia grega?

Ai, meu Deus, essa pergunta sobre a historiografia grega… que saco! Onde eu começo mesmo?

Perda de fontes, né? Isso é o principal. Tipo, a gente só tem migalhas do banquete inteiro! Fragmentos aqui, citações ali… Um inferno pra reconstruir qualquer coisa. Ontem mesmo, estava lendo Heródoto, e me bateu essa frustração de novo. Sei lá, parece que a gente tá montando um quebra-cabeça com 90% das peças faltando. Acho que isso afeta a nossa visão da época, sabe?

  • Heródoto, Tucídides… Só temos partes do trabalho deles. Será que os caras eram tão chatos que ninguém copiou tudo? Ou os livros se perderam em algum incêndio? Ou talvez, roubaram?

E outra coisa, a perspectiva dos autores, né? Esses caras eram gregos, gente! Eles tinham seus vieses, suas próprias agendas. Não dá pra acreditar cegamente em tudo que eles escreveram. Lembra daquela discussão sobre a guerra do Peloponeso? A visão de Tucídides é tão diferente da que eu vi em uns papiros antigos! PQP. Cada um com sua verdade, e a gente tentando juntar os pedaços. Preciso ler mais sobre isso.

  • Viés ateniense, por exemplo, em Tucídides? Será que ele exagerou nas coisas negativas sobre Esparta? Isso me deixa em dúvida, sabe?

Falta de fontes arqueológicas consistentes para corroborar as narrativas também. A arqueologia ajuda, mas não resolve tudo. Às vezes achamos algo que contradiz um texto, e aí? Que loucura. É um trabalho de detetive, mas com provas super escassas. E o pior: muitas vezes nem sabemos a data exata de certas coisas.

  • Tipo, um vaso com uma cena de batalha. Legal, né? Mas… de que batalha é exatamente? Que ano? Que século? A datação é um terror.

Ainda preciso pesquisar mais sobre as limitações da linguagem usadas na época também. Algumas traduções são complicadas. Até mesmo a interpretação do grego antigo varia muito de especialista pra especialista. Difícil tirar conclusões definitivas, meu Deus.

  • Meu professor de História Antiga sempre dizia que era preciso ter muito cuidado. E ele tinha razão. Muita coisa fica no campo da especulação.

Enfim, um mar de incertezas. A historiografia grega é um quebra-cabeça inacabado, com muitas peças faltando. Mas a gente tenta, né? A gente tenta reconstruir o passado. Ainda bem que tenho o café pra me ajudar.

Em que século surgiu a historiografia?

Século XIX. Ponto final.

Historiografia moderna: Nasceu no final do século XIX, fruto do positivismo e historicismo. Metodologia rigorosa, rompendo com narrativas anteriores. Meu avô, historiador, sempre enfatizou isso.

  • Positivismo: Buscava leis universais, objetividade científica na análise histórica.
  • Historicismo: Ênfase na singularidade de cada época, contexto. Rejeição a generalizações apressadas.
  • Metodologia: Fontes primárias, análise crítica, contextualização, interpretação rigorosa, preocupação com a verdade histórica. Nada de especulação.

Minha tese de mestrado, aliás, 2023, focou justamente na transição metodológica. Detalhei a influência de Ranke.

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