O que é voz ativa e voz passiva exemplos?

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A voz ativa mostra o sujeito realizando a ação (ex: Nós terminamos o projeto). Já a voz passiva apresenta o sujeito recebendo a ação (ex: O projeto foi terminado). A diferença está em quem executa a ação.

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A Dança da Ação: Entendendo a Voz Ativa e a Voz Passiva

A construção de uma frase, aparentemente simples, esconde uma dinâmica interessante relacionada à forma como representamos a ação e seu agente. Essa dinâmica se manifesta na escolha entre a voz ativa e a voz passiva, recursos gramaticais que afetam o foco e o impacto da mensagem. Embora muitas vezes confundidas, a compreensão de suas nuances enriquece significativamente a escrita e a comunicação em geral.

A Voz Ativa: A Ação em Primeiro Plano

Na voz ativa, o sujeito da frase é quem executa a ação verbal. É o ator principal da cena, o responsável direto pelo verbo. A estrutura é clara e direta, transmitindo energia e dinamismo. Observe os exemplos:

  • O padeiro assou o pão. (Sujeito: padeiro; ação: assou; objeto: pão) – O padeiro é o agente da ação, ele que realiza o ato de assar.
  • A equipe venceu a competição. (Sujeito: equipe; ação: venceu; objeto: competição) – A equipe é a protagonista, a responsável pela vitória.
  • Eu li o livro em uma tarde. (Sujeito: eu; ação: li; objeto: livro) – Eu sou o agente da ação de leitura.

A voz ativa é preferível quando se deseja enfatizar o sujeito e sua ação, tornando a mensagem mais concisa e impactante. É a escolha ideal para textos jornalísticos, narrativas e qualquer situação em que a clareza e a dinâmica são priorizadas.

A Voz Passiva: A Ação Sofrida pelo Sujeito

Em contraste com a voz ativa, na voz passiva, o sujeito da frase recebe a ação verbal. Ele não executa a ação, mas é afetado por ela. A ênfase recai sobre o resultado da ação, e não sobre o agente que a realiza. Esse agente, se mencionado, aparece geralmente com a preposição “por” ou “de”.

Veja os exemplos correspondentes aos da voz ativa:

  • O pão foi assado pelo padeiro. (Sujeito: pão; ação: foi assado; agente: padeiro) – O pão é o foco, ele sofre a ação de ser assado.
  • A competição foi vencida pela equipe. (Sujeito: competição; ação: foi vencida; agente: equipe) – A competição é o foco, ela é o resultado da ação de vencer.
  • O livro foi lido por mim em uma tarde. (Sujeito: livro; ação: foi lido; agente: mim) – O livro é o foco, ele sofre a ação de ser lido.

A voz passiva é utilizada quando se quer destacar o resultado da ação, o estado em que se encontra o sujeito, ou quando o agente da ação é desconhecido ou irrelevante. É comum em textos científicos, relatórios formais e situações em que a objetividade prevalece sobre a dinâmica.

Voz Passiva com o verbo “ser” + particípio: Note que a voz passiva, em português, frequentemente utiliza a forma do verbo “ser” (ou seus auxiliares, como “estar”, “ficar”, “ser”) conjugado no tempo verbal correspondente, seguida do particípio do verbo principal.

Conclusão: Uma Escolha Estratégica

A escolha entre a voz ativa e a voz passiva não é arbitrária. A decisão deve ser pautada na intenção comunicativa, no estilo desejado e no efeito que se pretende causar no leitor. Dominar o uso de ambas as vozes amplia significativamente as possibilidades expressivas da língua portuguesa, permitindo uma comunicação mais precisa e eficaz. A chave está em compreender o foco que se deseja atribuir e utilizar a voz que melhor o transmite.