O que mudou no Acordo Ortográfico?
O Acordo Ortográfico Brasileiro atualizou o alfabeto, padronizou o uso de maiúsculas e minúsculas, eliminou o trema, alterou acentuação e o uso do hífen.
- Quando mudou o acordo ortográfico em Portugal?
- O que eliminou o novo acordo ortográfico?
- Quando foi implementado o novo Acordo Ortográfico?
- Quais as principais alterações introduzidas pelo Acordo Ortográfico de 1990?
- O que foi eliminado no novo acordo ortográfico?
- Em que ano foi aceite o Novo Acordo Ortográfico?
Além do Trema: Desvendando as Mudanças Discretas (Mas Importantes) do Acordo Ortográfico
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, vigente desde 2009 (com período de transição até 2015), trouxe mudanças que, embora muitas vezes percebidas como pequenas, impactaram significativamente a escrita em português. A ideia central era a unificação ortográfica entre os países lusófonos, mas o impacto prático para o brasileiro foi mais sutil do que se imagina, focado em refinamentos e padronizações, e não em uma revolução gráfica. A percepção de que apenas o trema foi abolido é, portanto, uma simplificação equivocada.
A simplificação, de fato, ocorreu em alguns aspectos, como a eliminação do trema (exceto em nomes próprios estrangeiros como Müller), mas outras alterações exigem uma análise mais aprofundada. A eliminação do trema não significou apenas riscar um sinal diacrítico; alterou, sutilmente, a pronúncia de algumas palavras em casos específicos, exigindo atenção à grafia.
Muito além do trema, o Acordo promoveu:
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Alterações na Acentuação: A supressão do acento em algumas palavras como “ideia”, “heroi” e “joia” foi uma das mudanças mais visíveis, simplificando a acentuação de algumas palavras paroxítonas terminadas em “i” e “u” tônicos seguidas de “s”. Porém, a regra não foi uma eliminação indiscriminada, e sim uma especificação mais precisa das situações em que o acento é necessário ou não.
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Regras de Hífen: Esta foi uma das áreas mais complexas, com regras revisadas e, em alguns casos, simplificadas, mas outras se tornando mais complexas. A diferenciação entre prefixos e radicais, a presença de vogal repetida, a presença de dígrafos, entre outros fatores, são pontos importantes que exigem consulta às novas regras. A simplificação foi parcial; muitas combinações exigem atenção.
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Uso de Maiúsculas e Minúsculas: As regras de maiúsculas e minúsculas foram, em sua maior parte, mantidas, mas algumas nuances foram ajustadas para aumentar a clareza e a uniformidade. A padronização, neste ponto, representou um avanço na uniformidade da escrita, embora não tenha alterado drasticamente a prática.
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Ampliação do Alfabeto: A inclusão das letras K, W e Y no alfabeto, embora não tenha alterado significativamente a escrita do dia a dia para o brasileiro, reflete o esforço de unificação ortográfica e a adaptação a novas palavras provenientes de línguas estrangeiras.
Em suma, o Acordo Ortográfico não representou uma ruptura drástica com a ortografia anterior, mas sim um processo de atualização e padronização. As mudanças, muitas vezes sutis, exigem uma compreensão mais completa do que uma simples lista de itens eliminados ou adicionados. A chave para a correta aplicação do Acordo reside no entendimento das regras atualizadas e não apenas no conhecimento superficial das alterações mais visíveis, como a já mencionada eliminação do trema. É preciso ir além da percepção simplificada e mergulhar na riqueza das mudanças sutis, mas essenciais, para uma escrita mais consistente e uniforme em português.
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