Quais são as 20 conjunções?
A complexidade da língua portuguesa se manifesta em suas nuances, e um dos elementos que contribui para essa riqueza é a conjunção. Engana-se quem pensa que se limita a um pequeno conjunto de palavras. As conjunções, verdadeiras pontes entre termos e orações, são responsáveis por articular o pensamento, estabelecendo relações de sentido como causa, consequência, oposição, adição, tempo, entre outras. Tentar reduzi-las a uma lista de apenas 20 seria um desserviço à sua importância e complexidade.
Para compreender a amplitude do universo das conjunções, é fundamental entender sua classificação. As gramáticas normativas costumam dividi-las em dois grandes grupos: coordenativas e subordinativas. As conjunções coordenativas ligam termos ou orações de mesma função sintática, sem estabelecer relação de dependência entre eles. Já as subordinativas unem orações, estabelecendo uma relação de dependência entre a oração subordinada e a oração principal.
Dentro das coordenativas, encontramos cinco subgrupos: aditivas (e, nem, mas também), adversativas (mas, porém, todavia), alternativas (ou, ou…ou, ora…ora), conclusivas (logo, portanto, por isso) e explicativas (pois, porque, que). Cada uma delas imprime um sentido específico à relação entre os termos ou orações conectados. Por exemplo, Ele estudou bastante e passou no concurso expressa adição, enquanto Ela se esforçou, mas não conseguiu a vaga indica oposição.
As conjunções subordinativas, por sua vez, são divididas em adverbiais e integrantes. As adverbiais introduzem orações que funcionam como adjunto adverbial na oração principal, expressando circunstâncias como tempo, causa, condição, concessão, comparação, conformidade, consequência, finalidade e proporção. Exemplos incluem quando, porque, se, embora, como, conforme, tanto que, para que e à medida que. A riqueza expressiva proporcionada por essas conjunções é notável, permitindo construir frases com nuances de significado. Observe a diferença entre Eu sairei quando você chegar (tempo) e Eu sairei porque preciso resolver um problema (causa).
As conjunções subordinativas integrantes, por outro lado, introduzem orações que desempenham a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito ou aposto na oração principal. A conjunção que e a locução conjuntiva se são as principais representantes desse grupo. Por exemplo, em Espero que você tenha sucesso, a oração que você tenha sucesso funciona como objeto direto do verbo esperar. Já em Não sei se ele virá, a oração se ele virá atua como objeto direto do verbo saber.
Diante dessa complexidade, torna-se evidente que uma simples lista de 20 conjunções não faria jus à riqueza e à variedade presentes na língua portuguesa. A escolha de uma conjunção específica depende do contexto e da relação semântica que se pretende estabelecer entre os termos ou orações. Portanto, para um estudo mais aprofundado e completo sobre as conjunções, recomenda-se a consulta a gramáticas normativas, que oferecem uma análise detalhada de suas classificações, usos e particularidades. Compreender o funcionamento das conjunções é essencial para aprimorar a escrita e a comunicação, permitindo expressar ideias com clareza, precisão e expressividade.
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