Quais são as conjunções subordinantes?

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Conjunções subordinativas adverbiais concessivas introduzem orações que expressam oposição à ideia principal, sem, no entanto, impedir sua ocorrência. Exemplos: embora, ainda que, mesmo que, apesar de que.

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Concessivas: As Rebeldes da Subordinação

As conjunções subordinativas são pequenas palavras com um grande poder: conectar orações, estabelecendo entre elas relações de dependência. Dentre essas conexões, um tipo se destaca pela sua natureza paradoxal: as concessivas. Elas introduzem orações subordinadas adverbiais que, em essência, admitem uma ideia contrária à principal, mas sem invalidá-la. Imagine um pequeno guerreiro rebelde que, apesar de lutar contra um gigante, não consegue impedi-lo de avançar. Essa imagem ilustra bem o funcionamento das concessivas.

É importante não confundir concessão com adversidade. Enquanto a adversidade expressa uma oposição direta, criando um contraste (“estudei muito, mas não passei”), a concessão admite a existência de um obstáculo, sem que este impeça o fato principal (“Embora tenha estudado muito, não passei”). A ideia principal prevalece, apesar da resistência apresentada pela oração subordinada.

Para entender melhor esse mecanismo, vamos explorar as nuances e peculiaridades das conjunções concessivas, indo além do básico “embora, ainda que, mesmo que”. A riqueza da língua portuguesa nos oferece um leque de opções para expressar a concessão com diferentes matizes semânticos.

Além das clássicas:

  • Posto que/Ainda que/Mesmo que: Expressam uma concessão mais formal e enfática, reforçando a ideia de que o obstáculo apresentado é considerável. Ex: “Ainda que a chuva fosse torrencial, ele foi ao encontro.”

  • Apesar de que/A despeito de que: Introduzem uma concessão em que a ideia contrária é apresentada como um fato. Ex: “Apesar de que o médico o alertou, ele continuou fumando.”

  • Conquanto/Por mais que/Por muito que: Indicam uma concessão em que a ideia contrária expressa intensidade, quantidade ou grau. Ex: “Por mais que tentasse, não conseguia alcançar a prateleira.”

  • Em que pese: Expressão mais formal, utilizada principalmente na linguagem jurídica, introduz uma concessão que denota respeito ou consideração pelo argumento contrário. Ex: “Em que pese aos argumentos da defesa, o réu foi condenado.”

Concessão implícita:

Vale ressaltar que a concessão pode ser expressa também sem o uso explícito de uma conjunção, através de outras estruturas gramaticais, como o gerúndio. Ex: “Mesmo estudando muito, não consegui passar”. Nesse caso, o advérbio “mesmo” combinado com o gerúndio transmite a ideia de concessão.

A importância da escolha:

A escolha da conjunção concessiva adequada é fundamental para a precisão e expressividade do texto. Utilizar “embora” em um contexto que pede “em que pese”, por exemplo, pode comprometer a formalidade e a clareza da mensagem. Dominar as nuances das conjunções concessivas permite ao escritor expressar ideias complexas com elegância e precisão, enriquecendo a comunicação e evitando ambiguidades. Portanto, explore as possibilidades, experimente e descubra a força rebelde das concessivas!