Quais são as formas nominais do verbo?

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Infinitivo, gerúndio e particípio são as três formas nominais do verbo. Sua função se assemelha à de substantivos, adjetivos ou advérbios, descrevendo ações sem indicar tempo ou modo verbal. Por si só, não conjugam, necessitando de outras palavras para formar frases completas.

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As Formas Nominais do Verbo: Infinitivo, Gerúndio e Particípio

Os verbos, em português, além de sua forma conjugada (presente, passado, futuro), podem assumir formas nominais. Essas formas, como o próprio nome indica, funcionam como nomes, ou seja, podem atuar em uma frase como substantivos, adjetivos ou advérbios, sem apresentar conjugação. Diferentemente da forma verbal conjugada, que expressa tempo e modo, as formas nominais descrevem a ação sem especificar quando ou como ela se realiza. São elas: o infinitivo, o gerúndio e o particípio.

Infinitivo:

O infinitivo é a forma nominal do verbo que, normalmente, aparece com a preposição “a” ou “para” seguida de verbo. Ele representa a ação de forma genérica, sem indicar tempo definido. Pode ser classificado em infinitivo pessoal (ex.: amar, rirem, querer) e impessoal (ex.: amar, escrever). Sua função em uma frase pode ser diversa:

  • Substantivo: “Ler é importante.” (ação como objeto da oração)
  • Adjetivo: “O desejo de viajar era enorme.” (qualificando um substantivo)
  • Advérbio: “Felizmente, consegui concluir o trabalho.” (modificando o verbo)

Gerúndio:

O gerúndio, formado pela terminação “-ndo” (ex.: correndo, falando), indica uma ação em progresso, em andamento. Ele expressa uma continuidade temporal, caracterizada pela ideia de duração. Também pode exercer funções distintas:

  • Substantivo: “O choro da criança, durando várias horas, era insuportável.”
  • Adjetivo: “A menina correndo pelo parque demonstrava alegria.” (caracterizando a ação)
  • Advérbio: “Andando devagar, apreciamos a paisagem.” (circunstância de modo)

Particípio:

O particípio, que geralmente é formado pelos sufixos “-ado” ou “-ido” (ex.: amado, partido), pode indicar um estado resultante de uma ação já concluída. Pode assumir as funções de:

  • Substantivo: “O partido do candidato era popular.”
  • Adjetivo: “O poema publicado recebeu boas críticas.” (qualificando o substantivo)
  • Predicativo do sujeito: “Os livros estavam empilhados na estante.”

Importância das formas nominais:

As formas nominais do verbo conferem flexibilidade e precisão à língua portuguesa. Ao desvincular a ação de tempo e modo, elas permitem descrições mais ricas, nuances expressivas e a construção de frases mais elaboradas. Permitem expressar ações em diferentes contextos, como processos em andamento, estados resultantes ou atributos de uma ação.

Exemplo ilustrativo:

Considere a frase “Andando pela rua, viu um gato.” O verbo “andar” está no gerúndio, descrevendo uma ação em progresso que, em simultaneidade, levou a outra ação (“viu”).

Em resumo, as formas nominais do verbo, infinitivo, gerúndio e particípio, ampliam as possibilidades de expressão em português, permitindo a descrição de ações de forma mais abrangente e complexa do que as formas verbais conjugadas.