Quais são os vícios de linguagem?

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Vícios de linguagem incluem ambiguidade, barbarismo, cacofonia, estrangeirismo, hiato, colisão, eco, pleonasmo, solecismo, preciosismo, plebeísmo, arcaísmo e parequema. Esses erros prejudicam a clareza e a elegância da comunicação.

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Os Vícios de Linguagem: Obstáculos à Comunicação Eficaz

A língua portuguesa, rica e complexa, possui normas que, quando respeitadas, tornam a comunicação clara, elegante e eficaz. No entanto, diversos vícios de linguagem podem prejudicar essa comunicação, tornando-a confusa, inadequada ou até mesmo ofensiva. Distinguir e evitar esses vícios é fundamental para a boa expressão escrita e falada.

Os vícios de linguagem são desvios das normas gramaticais, estilísticas e lexicais da língua, comprometendo a clareza, a precisão e a beleza da comunicação. Eles podem envolver problemas de escolha de palavras, estruturação de frases, pronúncia e até mesmo o uso de termos em desuso. Não se trata apenas de erros gramaticais, mas de escolhas linguísticas que, embora tecnicamente corretas, destoam do contexto, do estilo e do propósito comunicativo.

A seguir, exploraremos alguns dos principais vícios de linguagem, detalhando suas características e como evitá-los:

  • Ambiguidade: Ocorre quando uma frase ou expressão possui mais de um possível significado, tornando o entendimento incerto. Exemplo: “Vi o homem com o telescópio”. Qual homem? O homem que usava o telescópio ou o homem ao lado dele? A clareza é fundamental.

  • Barbarismo: É o emprego de palavras ou expressões estrangeiras inadequadamente ou a criação de palavras incorretas. Exemplo: “Eu to precisando de um café”. Substitua por “Estou precisando” ou “Tenho que tomar um café”.

  • Cacofonia: A união de sons desagradáveis ou repetitivos em uma sequência de palavras. Exemplo: “Ele comeu a macarrão com carne”. Procure por uma redação mais fluida.

  • Estrangeirismo: Uso excessivo de palavras estrangeiras, em detrimento das equivalentes em português, sem necessidade. Embora algumas sejam incorporadas ao vocabulário, o uso excessivo pode dificultar o entendimento e tornar o texto artificial.

  • Hiato: A proximidade exagerada de vogais iguais, ou a pronúncia incorreta. Exemplo (não se aplica à grafia): “A lua, a lua, a lua”. A ênfase ou repetição desnecessária deve ser evitada.

  • Colisão: Fusão de sílabas de palavras próximas, gerando um efeito desagradável, ou uma pronúncia comprometida. Exemplo: “Vou ao banco amanhã”. (Não corresponde a um vício de escrita, mas um possível problema de pronúncia)

  • Eco: Repetição de sons ou palavras próximos, frequentemente em frases curtas. Exemplo: “Hoje é um dia bonito, bonito!”. A repetição excessiva deve ser evitada.

  • Pleonasmo: Uso de palavras repetitivas ou redundantes, sem acrescentar significado. Exemplo: “Ele subiu para cima”. “Subiu” já implica a ideia de movimento para cima.

  • Solecismo: Erro de construção gramatical, como concordância verbal ou nominal inadequada. Exemplo: “Os meninos jogaram futebol no parque”.

  • Preciosismo: Uso de palavras rebuscadas ou sofisticadas, sem necessidade, com o intuito de parecer culto. Exemplo: “Em lugar de utilizarmos o veículo, optamos por empreender um deslocamento a pé”.

  • Plebeísmo: Uso de termos coloquiais ou populares em contextos formais. Exemplo: “Ele tá precisando de ajuda”. Adequar o vocabulário ao contexto.

  • Arcaísmo: Uso de palavras ou expressões em desuso. Exemplo: “Vós sois o meu bem amado”. A escolha vocabular deve ser atual, para garantir o entendimento.

  • Parequema: (menos usual, talvez um neologismo ou erro de digitação) Não encontrado como termo usual.

Reconhecer e corrigir esses vícios é fundamental para uma comunicação eficaz, respeitando as normas da língua portuguesa e alcançando o propósito comunicativo desejado, seja em textos formais, informativos, ou mesmo em conversas diárias. A prática da leitura e escrita são essenciais para o aperfeiçoamento do domínio linguístico e a prevenção dos vícios.