Qual a regra da concordância?

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O verbo acompanha o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª). A concordância verbal garante a harmonia sintática da frase, refletindo a relação entre quem pratica a ação (sujeito) e a ação praticada (verbo). Desvios dessa regra geram incorreções gramaticais.

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A Harmonia da Língua: Desvendando a Regra da Concordância Verbal

A concordância verbal, pilar fundamental da gramática portuguesa, garante a elegância e a clareza da nossa comunicação escrita e falada. Em sua essência, trata-se da harmonia entre o verbo e seu sujeito. Mas essa harmonia, aparentemente simples, pode se apresentar com nuances e desafios que merecem uma análise detalhada. A regra básica, como muitos sabem, é a de que o verbo deve concordar com o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Entretanto, a aplicação dessa regra nem sempre é tão direta quanto parece.

Imagine a frase: “O gato mia alto.” Aqui, a concordância é perfeita. O sujeito “o gato” (singular, terceira pessoa) exige o verbo “mia” (singular, terceira pessoa). A relação é clara e direta. No entanto, as dificuldades surgem quando o sujeito apresenta características que exigem uma análise mais apurada.

Sujeitos Compostos:

Quando o sujeito é composto, ou seja, formado por dois ou mais núcleos, a concordância pode se dar de duas maneiras:

  • Concordância com o núcleo mais próximo: Em situações informais, ou quando o sujeito composto apresenta elementos próximos em número, o verbo pode concordar apenas com o núcleo mais próximo. Exemplo: “Caiu do armário a xícara e os pratos”.

  • Concordância com o núcleo mais distante: Essa forma é mais formal e elegante. O verbo concorda com o núcleo mais distante caso o sujeito esteja no singular. Exemplo: “Caíram do armário a xícara e os pratos”.

  • Concordância com a soma dos núcleos: O verbo concorda com o plural, representando a totalidade dos núcleos do sujeito. Exemplo: “Caíram do armário a xícara e os pratos”. Esta é a opção mais adequada na norma culta.

Sujeitos Coletivos:

Os sujeitos coletivos (ex: grupo, multidão, bando) podem gerar dúvidas. Se o coletivo é empregado no sentido de unidade, o verbo fica no singular. Se o coletivo indica multiplicidade, o verbo pode ficar no plural. Exemplo: “O bando de pássaros voou alto” (unidade) vs. “O bando de pássaros voaram alto” (multiplicidade). A preferência pelo singular, entretanto, é mais comum e considerada formalmente correta na maioria dos casos.

Casos Especiais:

A concordância verbal apresenta outros casos especiais, que exigem atenção e um bom conhecimento gramatical. Expressões como “um dos que”, “a maioria de”, “grande número de”, seguidas de substantivo no plural, geram concordância que pode variar conforme o contexto e a formalidade pretendida.

Conclusão:

Dominar a concordância verbal é crucial para uma escrita precisa e elegante. Embora a regra básica seja simples, a aplicação prática exige atenção aos diferentes tipos de sujeito e às nuances da língua portuguesa. A compreensão dos casos especiais e a busca pela concordância mais adequada ao contexto contribuem significativamente para a construção de textos claros, coesos e harmoniosos. A prática constante e a consulta a gramáticas normativas são essenciais para aprimoramento nessa área fundamental da língua.

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