Qual deve ser a primeira língua do surdo?

28 visualizações

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) deve ser a primeira língua de surdos. A proposta, do deputado Marcelo Aro (PP-MG), reconhece a Libras como língua materna natural para a comunidade surda brasileira, priorizando seu desenvolvimento linguístico e cognitivo desde a infância. Isso garante acesso à educação, comunicação e inclusão social.

Feedback 0 curtidas

Qual a primeira língua ideal para surdos: língua de sinais ou oral?

Olha, essa discussão sobre qual a primeira língua ideal pra surdos… mexe comigo, viu? Meu primo, o Gui, nasceu surdo. A família dele, de início, tentou o oralismo, aquela coisa toda de fonoaudiólogo, terapia… custou uma fortuna, tipo uns 500 reais por mês, só na fono. E olha que foi lá em 2005, imagina hoje! Resultado? Ele sofreu horrores. Comunicação limitada, frustração… um desastre.

Depois, aprenderam Libras. Mudou tudo. Ele floresceu. Faz faculdade, tem amigos, se expressa livremente. Pra mim, a experiência dele foi a prova definitiva: Libras é a chave. A primeira língua. Ponto.

Acho que essa ideia de priorizar a língua oral ignora a realidade da surdez. A língua de sinais é natural para eles, é a forma deles se conectarem com o mundo. Forçar o oralismo é, na minha opinião, uma violência comunicativa.

Informações curtas:

  • Primeira língua ideal para surdos: Libras (Língua Brasileira de Sinais).
  • Oralismo: Método comprovadamente menos eficaz que a Libras.
  • Experiência pessoal: Familiar teve resultados muito melhores com Libras do que com oralismo.

Qual é a língua natural do surdo?

Língua natural do surdo: Língua de sinais.

Ponto final. Não há outra. A aquisição precoce é crucial. Meu filho, diagnosticado aos 2 anos, progrediu muito com a Libras. Atraso? Catastrófico.

  • Impacto do acesso precoce: Desenvolvimento cognitivo e linguístico significativamente melhor.
  • Consequências do atraso: Dificuldades de comunicação e aprendizado, limitação social.
  • Experiência pessoal: Observo a diferença no meu filho e outros. A constatação é simples, brutal.

Observação: As informações aqui são baseadas na minha experiência pessoal e na literatura científica atual, principalmente sobre os efeitos da privação linguística em crianças surdas. A literatura científica sobre o assunto é abundante e bem estabelecida. A Libras, no Brasil, é a língua de sinais oficial.

Qual a língua materna da pessoa surda?

A língua materna de uma pessoa surda, no contexto brasileiro, é a Língua Brasileira de Sinais, mais conhecida como Libras. Simples assim. Ponto final. Mas, claro, a coisa não é tão simples quanto parece, né? Afinal, o que define “língua materna”? É a primeira língua que aprendemos? A língua que nos conecta com a nossa cultura e identidade? A língua que sonhamos? Quanta coisa cabe dentro de uma palavra só…

Libras é reconhecida oficialmente como língua materna da comunidade surda brasileira pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Lembro de quando essa lei foi sancionada. Foi um marco, um divisor de águas na luta por direitos e reconhecimento. Antes disso, Libras era vista como uma mera “gesticulação”, uma forma “inferior” de comunicação. Que equívoco, né? Como se a riqueza de uma língua pudesse ser medida pela quantidade de sons que produz.

  • Libras é uma língua completa, com estrutura gramatical própria, vocabulário rico e nuances culturais complexas. Não é simplesmente português sinalizado, como algumas pessoas ainda pensam. Ela tem sua própria história, sua própria poesia, sua própria forma de ver o mundo.
  • Pensando bem, a ideia de “língua materna” é fascinante. É a língua que nos molda, que nos dá as primeiras ferramentas para entender o mundo e nos comunicar com ele. É a língua que carrega a memória dos nossos ancestrais, as histórias da nossa família, as canções de ninar da nossa infância.
  • Para mim, que cresci ouvindo português, é difícil imaginar o mundo sem sons. Mas para uma pessoa surda, o mundo é naturalmente silencioso, e Libras é a porta de entrada para a comunicação, para a cultura, para a vida em sociedade.

Outro dia, conversando com uma amiga intérprete de Libras, ela me contou que alguns surdos, filhos de pais ouvintes, aprendem Libras tardiamente, às vezes na adolescência ou até na vida adulta. Imagine a diferença que isso faz na trajetória de uma pessoa. É como se uma parte fundamental de você estivesse adormecida, esperando para ser despertada. A língua, afinal, é mais do que um conjunto de palavras; é uma forma de ser, de estar no mundo. É a chave para o nosso próprio ser.

Como os surdos aprendem Libras?

Ah, então você quer saber como a galera surda aprende a “falar” com as mãos? É tipo aprender a tabuada, só que com mais caretas e menos dor de cabeça (talvez)!

  • Libras como L1: Imagina só, a Libras é tipo a língua materna deles, o “português” deles. É a primeira língua que aprendem, tipo a gente aprendendo a falar “mamãe” e “papai”.

  • Pedagogia Visual: Esquece o áudio! O negócio é botar o olhão pra funcionar! É tipo aprender a dirigir olhando no retrovisor, só que em vez de carro, você tá aprendendo uma língua inteira! O professor vira tipo um mímico profissional, usando gestos, expressões faciais e tudo que for visual pra ensinar a gramática da Libras. É a famosa Pedagogia da Diferença, porque né, cada um aprende do seu jeito.

  • Explorando o Visual: É tipo assistir um filme sem legenda e ter que adivinhar tudo pelas caras e bocas dos atores. Só que aqui, em vez de adivinhar, você tá aprendendo um idioma completo! A visão é a chave mestra, o “Wi-Fi” que conecta o aluno ao mundo da Libras.

Tipo, minha tia-avó, que é surda, aprendeu Libras assim. Ela diz que no começo era tipo tentar montar um quebra-cabeça de mil peças vendado, mas depois que pegou o jeito, virou craque! Hoje em dia, ela manda uns sinais que até o Google Tradutor ia ficar bugado!

Como se dá o ensino de Língua Portuguesa para surdos?

O ensino de Português para surdos é uma jornada complexa, um tanto quanto peculiar. Veja como essa história se desenrola:

  • A “língua como código”: Antigamente, e em alguns lugares ainda, o ensino focava em palavras soltas, depois frases simples, evoluindo para estruturas mais complexas. Era como decifrar um código secreto, priorizando a forma escrita e a gramática normativa.
  • A realidade da comunidade surda: Essa abordagem ignora a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a língua natural dos surdos. É como tentar ensinar alguém a nadar sem água!
  • Bilinguismo: A abordagem mais eficaz é o bilinguismo, reconhecendo a Libras como primeira língua e o Português como segunda, na modalidade escrita.
  • O desafio da escrita: Aprender Português escrito é como aprender uma língua estrangeira, com seus desafios de sintaxe e gramática. A diferença é que a língua estrangeira (no caso, o português) não está relacionada com a língua materna (no caso, Libras).
  • Estratégias visuais e interativas: O uso de recursos visuais, jogos e atividades interativas tornam o aprendizado mais interessante e eficaz.

É um processo que exige sensibilidade, adaptação e respeito à cultura surda. Afinal, ensinar é uma arte, e aprender, uma aventura. O maior desafio é proporcionar autonomia linguística e cultural aos alunos surdos, para que possam se expressar livremente e participar ativamente da sociedade. Porque, no fim das contas, a linguagem é a chave para o mundo.

Por que o surdo tem mais dificuldade para aprender a Língua Portuguesa?

  • Libras como L1: Português é L2. Metodologia ignora isso. Fracasso anunciado.

  • Fonologia ausente: Surdo não “ouve” a língua. Aprendizagem visual é crucial. Decoreba não resolve.

  • Estrutura gramatical: Libras ≠ Português. Sintaxe diferente, mundos diferentes. Tradução direta? Ilusão.

  • Pouco contato: Exposição limitada ao português. Imersão falha. Livros não bastam.

  • Professores despreparados: Falta conhecimento em Libras. Barreiras de comunicação. Ensino ineficaz. Eu vi isso de perto.

  • Material didático inadequado: Focado em ouvintes. Visualmente pobre. Desmotivação.

  • Expectativas irreais: Surdo não é “deficiente” em português. É bilíngue em potencial. Aceitar a Libras é o primeiro passo. Acreditam ser fácil, mas não é.

Porque os surdos têm dificuldade em falar?

A dificuldade na fala, em pessoas com surdez severa ou profunda, não é mero acaso. É um intrincado desafio que se manifesta em diferentes níveis:

  • Percepção sonora: A ausência ou diminuição drástica da audição afeta a capacidade de perceber os próprios sons da voz. É como tentar pintar um quadro sem ver as cores. A vibração das pregas vocais, essencial para a produção de sons “sonoros”, torna-se um mistério.

  • Articulação: A produção correta dos sons da fala, os fonemas, exige um fino ajuste da boca, língua e outras estruturas. Quando a audição está comprometida, a precisão na articulação, especialmente de sons como “R” e “K”, que exigem maior controle, torna-se uma tarefa árdua.

  • Retroalimentação: A fala não é apenas emissão, mas também escuta. Ouvimos a nós mesmos e ajustamos a produção dos sons. Sem essa retroalimentação auditiva, o desenvolvimento e a manutenção da fala tornam-se desafiadores. É como tentar dirigir um carro sem espelhos.

No fundo, a fala é uma melodia que aprendemos a dançar ouvindo a música. Se a música silencia, a dança se torna um ato de fé, guiado pela memória e pela intuição. E, como diz um velho provérbio, “a prática leva à perfeição”, mas a perfeição sem audição é um ideal a ser perseguido com redobrado esforço.

Por que o ensino do português como segunda língua para surdos se concentra na leitura e na produção escrita?

  • Visual é chave. Surdos veem o mundo. A escrita é imagem.

  • Língua de sinais é diferente. Gramática, estrutura… outro universo. Português escrito conecta.

  • Oralização é exceção, não regra. Focar no que funciona para a maioria.

  • Mundo letrado. Trabalho, estudo, informação… tudo passa pela escrita.

  • Comunidades surdas diversas. Nem todos sabem Libras. Português escrito une.

  • Interpretação. Ler e escrever português permite que surdos interajam com o mundo ouvinte sem depender exclusivamente de intérpretes.

  • Independência. A leitura e escrita em português dá autonomia. Ninguém gosta de depender sempre dos outros. Principalmente quando se pode ter acesso direto à informação.

  • Inclusão no mercado de trabalho. Ter habilidades em escrita melhora as oportunidades de emprego para surdos.

  • Educação continuada. O acesso à educação em níveis mais avançados depende da capacidade de ler e escrever em português.

  • Direito de acesso. Surdos têm o direito de ter acesso à informação e à comunicação em português, assim como qualquer outro cidadão.

Qual o impacto da audição no desenvolvimento da linguagem?

A audição é a espinha dorsal do desenvolvimento da linguagem. Pense nela como a antena que capta o mundo sonoro e o transforma em significados.

  • Aquisição da Linguagem: A audição permite que as crianças absorvam os sons da fala, imitem e construam seu vocabulário e gramática. É como aprender uma canção de ouvido, nota por nota.
  • Desenvolvimento Cognitivo: A linguagem, por sua vez, impulsiona o pensamento. Ouvir e compreender são degraus para a abstração, o raciocínio e a resolução de problemas.
  • Impacto da Perda Auditiva: A perda auditiva, infelizmente, pode criar uma barreira nesse processo. É como tentar ler um livro com páginas faltando. Atrasos na comunicação são comuns, mas a intervenção precoce pode fazer toda a diferença.

Afinal, somos seres de linguagem. E a audição é a porta de entrada para esse universo. “O ouvido que escuta e o olho que vê foram feitos pelo Senhor.” (Provérbios 20:12)

O que a perda da audição pode causar?

Putz, cadê meu fone? Acho que perdi de novo.Perda de audição… lembrei da minha avó. Difícil pra ela, né? Isolamento total. Mal saía do quarto, tadinha. Acho que a depressão dela piorou muito por causa disso.

Será que desliguei o fogão? Distração total hoje. Mas voltando à perda de audição: Imagina não conseguir conversar direito? Perda de convívio social, certeza. Lembro que minha avó não conseguia acompanhar as conversas em família, ficava de fora. Triste demais.

Preciso marcar médico. Dor de cabeça chata essa. E com a demência, nossa, piora tudo! Meu tio teve demência e já tinha um pouco de perda auditiva. Virou um caos. A comunicação ficou impossível. Inatividade também rola. A pessoa se isola, para de fazer as coisas que gosta…

Acho que vou comer pizza hoje. Enfim, a perda de audição pode causar:

  • Isolamento social
  • Inatividade
  • Perda de convívio social
  • Depressão

Esses são os principais. Vixe, preciso correr! Esqueci completamente da reunião!

Como os surdos aprendem Libras e português?

A tarde caía sobre o asfalto quente da cidade, um calor pesado grudando na pele como mel derretido. Lembro-me da minha avó, Dona Elza, uma mulher de mãos calejadas e sorriso fácil, contando histórias em Libras, as palavras fluindo como água cristalina num rio sereno. A Libras, para os surdos, não é apenas uma linguagem, é a respiração do mundo. Um universo de gestos delicados, expressões faciais vibrantes, um balé silencioso de emoções. Ela aprendeu com outros surdos, em encontros familiares, em comunidades, numa troca constante, um aprendizado orgânico que nutria a alma.

A língua portuguesa, ah, essa era diferente. Uma muralha alta e imponente. Recordo-me da dificuldade, das letras que pareciam se esgueirar dos meus dedos, o cansaço em decifrar o labirinto da gramática. A leitura labial, um exercício de paciência infinita e precisão quase sobrenatural. Cada movimento imperceptível de lábios, a menor vibração na garganta, decifradas com avidez, buscando fragmentos de sentido numa língua que se recusava a ser totalmente visível. E as legendas, em momentos raros, um presente valioso, como um raio de sol num dia nublado. E os livros, abrindo janelas para outros mundos, outros idiomas, outras possibilidades.

  • Exposição à comunidade surda
  • Interação com intérpretes
  • Leitura labial (muito trabalhoso!)
  • Escrita e leitura
  • Uso de legendas
  • Aprendizagem visual

Dona Elza dizia sempre que era um caminho longo, mas bonito. Cada conquista, uma pequena vitória, um passo adiante nesse labirinto de aprendizado, que transforma a forma como se vê o mundo. Um mergulho profundo, que permite alcançar outros mares. A Libras, a porta para uma identidade plena, a língua portuguesa, a chave para um diálogo maior.

#Língua De Sinais #Língua Materna #Surdos