Como identificar um alcoólico?

Como saber se alguém é alcoólico? Essa pergunta me assombra, sabe? Porque, cá entre nós, não é fácil. Não existe um manual, uma fórmula mágica. Às vezes a gente se pergunta: “Será que o meu amigo está bebendo demais?”. Ou pior: “Será que eu estou bebendo demais?”. Essa auto-reflexão é crucial, gente. Sério.

Lembro-me do meu tio… Ele era um cara incrível, divertido, mas… começou a beber sozinho. Antes, era só nos churrascos de família, umas cervejas com os amigos. Depois, virou garrafas de uísque em casa, com a porta trancada. A gente batia, tentava conversar, mas ele… ele ficava agressivo, sabe? Um homem que eu amava, transformado em outra pessoa. Doce e gentil antes, explosivo e amargurado depois. Essa mudança gradual, essa escalada… é assustadora.

Acho que o grande perigo, o que mais me assusta, é essa persistência, essa incapacidade de parar. Não importa se a família implora, se os amigos se afastam… a bebida chama mais forte. Eu já vi isso acontecer de perto. Vi gente perder o emprego, a família, a dignidade, por causa do álcool. Quantas vezes eu pensei: “Se eu tivesse agido diferente, será que teria feito alguma diferença?”. Ainda me questiono isso.

No meu trabalho, uma vez, um colega chegou completamente bêbado. Não foi só uma vez. Aconteceu outras vezes e a gente tentava alertá-lo. Ele dizia que estava tudo bem, mas não estava. Ele tinha alucinações, falava coisas sem sentido… Um dia, ele simplesmente sumiu. Ninguém sabe bem onde ele está, nem se está bem. Isso me marca, me deixa pensando o quanto a gente é impotente diante da dependência.

E tem aqueles que negam tudo, né? Fazem da bebida uma piada, uma mania boba. Mas não é boba, gente! A violência, a paranoia… são sinais de um problema muito mais grave do que a gente imagina. Eu vi um estudo, sei lá, uns 70% dos alcoólicos têm problemas sérios de saúde mental relacionados ao consumo excessivo. São números altos demais, assustadores. A gente precisa de se informar mais, né? Precisa ficar atento aos sinais. Beber sozinho, dificuldade de parar… agressividade, paranoia e essas coisas que parecem loucura? São sinos de alerta.

É importante lembrar: se você reconhecer esses sinais em alguém, ou em si mesmo, procure ajuda. Não julgue, não critique, apenas estenda a mão. Tem gente que precisa muito de uma ajuda, mesmo que não aparente. E não precisa ser um drama gigantesco, pode ser uma pequena luz, uma palavra amiga. Às vezes, um pequeno gesto faz toda a diferença. Afinal, a vida é muito mais importante do que qualquer bebida, não é mesmo?