Qual o nome da língua de sinais?

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Em Portugal, a Língua Gestual Portuguesa (LGP) é a língua oficial da comunidade surda, com mais de 30 mil utilizadores. Sua adoção garante o acesso à comunicação e à inclusão social dessa população, reconhecendo a LGP como uma língua autônoma e rica em sua própria estrutura gramatical e cultural.

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Qual o nome da língua de sinais?

A língua de sinais, ao contrário do que muitos pensam, não é uma simples tradução gestual de uma língua oral. Cada língua de sinais é uma língua completa, com sua própria estrutura gramatical, vocabulário, e cultura. É uma língua natural, tão complexa e rica quanto o português, o inglês ou qualquer outra língua falada.

No Brasil, a língua de sinais utilizada pela comunidade surda é a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Esta língua é reconhecida constitucionalmente como língua oficial do país, desde 2002, o que garante a inclusão social e educacional das pessoas surdas. A Libras é uma língua própria, com gramática, sintaxe e semântica distintas do português e de outras línguas orais.

Ao contrário do que pode parecer, a Libras não é um conjunto de gestos aleatórios, mas um sistema linguístico estruturado. Possui sua própria fonologia, utilizando movimentos das mãos, expressões faciais, a posição e a movimentação do corpo para transmitir ideias e conceitos. A sua estrutura gramatical é diferente da estrutura do português, e suas regras de formação de frases, tempos verbais e outros aspectos da gramática são profundamente específicos.

A adoção da Libras como língua oficial é fundamental para a inclusão social e cultural das pessoas surdas. Permite-lhes comunicar-se plenamente, aprender, e participar ativamente da sociedade, sem depender de intérpretes ou de adaptações inadequadas. A Libras, portanto, não é apenas uma ferramenta de comunicação; é um instrumento de emancipação, permitindo às pessoas surdas se expressarem em sua própria língua, garantindo a plena cidadania.

É importante salientar a necessidade de respeito e valorização de todas as línguas, sejam elas orais ou gestuais. Compreender a Libras como uma língua completa e autônoma contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa.